3ª Aula: A Antiguidade Clássica – Grécia Antiga: Período Arcaico – do século VIII ao século VI a.C.



Fala galera!!! Tudo Bem? Nessa nossa terceira aula, vamos dá continuidade a nossa fala sobre os principais períodos correspondentes as fases de desenvolvimento da organização da civilização grega. Hoje vamos iniciar nossa fala sobre o período arcaico que vai do século VIII a.C. até o século VI a.C.

NOÇÕES PRELIMINARES:
Esse período é o mais conhecido, pois  foi nesse período  que se formou a pólis, a cidade-Estado grega,. É o período onde se inicia também a ascensão da civilização grega com o seu expansionismo em parte da região mediterrânica onde foram criadas colônias na Ásia Menor e na Magna Grécia (sul da Itália e a Sicília). Destaque para as cidades estados de Esparta, Atenas, Corinto e outras cidades tivera   nesse período o seu maior apogeu.
 

Então vamos lá!
No final do período homérico, o aumento populacional e a falta de terras acabou desagregando a comunidade primitiva.
As terras coletivas foram divididas pelo páter entre seus parentes mais próximos, surgindo dessa forma à propriedade privada e as classes sociais. 
Dessa forma, de um lado formou-se uma poderosa aristocracia que possuía as melhores terras e controlava o poder político, do outro lado os despossuídos que passaram a trabalhar para os aristocratas ou se dedicaram ao comércio e ao artesanato. Outros ainda acabaram emigrando para novas terras.

Então! Como se formou a Polis Gréga?

A cidade-estado grega, com suas instituições políticas, surgiu pela necessidades que a nova realidade socioeconômico do mundo grego exigia: uma nova estrutura político-administrativa. 

Galera! Com o fim dos genos o povo grego obrigou-se a buscar e adapta-se à sua  nova realidade socioeconômica. Qual? Ora com o surgimento da propriedade privada da terra, nem todos tinham direito ao uso livremente desta e com isso (essa privação) surgiu consequentemente: os que possuíam terra(tinha acesso a terra livremente) e os que não a possuíam(não tinham o direito ao acesso livremente da terra). Isto é, surgiu a divisão de classes (os proprietários de terra e os não proprietários de terra). Sendo assim, o modelo de organização social primitivo não mais atendia na prática essa nova realidade socioeconômico do mundo grego. Então houve uma evolução no modelo de organização da sociedade grega de uma sociedade organizada no formato primitivo: sem divisão de classes - onde todos tinham acesso livremente ao uso da terra para um modelo de sociedade com  divisão de classes social, isto é, a estamental. Com a privação do acesso a terra para a maioria do povo. 

Isso vai implicar em uma organização política no formato censitário. A palavra censitária tem uma relação com o significado da palavra renda. Em história , usa-se o termo "sociedade censitária", que pode-se entender , como uma divisão por classe social(por renda).

Exemplo:  Esparta – Grécia Antiga:

  • Espartanos: Donos de latifúndios = (muito dinheiro)
  • Periecos: Homens livres pequenos comerciantes = (pouco dinheiro)
  • Ilotas: Escravos do Estado (sem dinheiro)
 
Esse tipo de sociedade é baseada num estrutura social excludente, pois ela privilegia apenas que tem dinheiro. Por isso, nesse novo formato de organização político-administrativo a autoridade era exercida somente pelos nobres. Nela, a  primeira forma de organização político-administrativa foi o modelo de governo monárquico. Isto é, a autoridade era exercida somente por um nobres caso de muitas cidades-estados gregas,como por exemplo, a ciadade-estado de  Atenas que possuía um rei de cada vez. Ou ainda por mais de um rei, como por exemplo, a cidade-estado de Esparta, que eram escolhidos mais de um rei, entre os nobres entre os nobres para servirem como reis dessa Cidade.  Um para guerreia nos tempo de guerra e o outro ficaria na cidade para exercer as outras funções de monarca.  

Como você pode perceber a forma de organização política não era a mesma em todas as cidades. E elas acabaram sendo modificadas pelos interesse das classes dominantes ou pela pressão das camadas sociais que tinham pouco poder político. Por exemplo, na cidade-estado de Atenas o rei (nobre) foi destituído por um chefe (nobre) que, em Atenas, recebeu o nome de Arconde. 

Atenas é um bom exemplo de cidades-estado grega onde o povo reagia contra a nobreza e alguns indivíduos tomavam o poder: os Tiranos (pessoas que tomavam o poder de forma irregular).  Mas como o povo queria continuar mandando, substituíam os tiranos por Magistrados. Essas formas de governo eram todas fruto do formato de política oligárquico, isto é, o governo era praticado por apenas um grupo de pessoas, excluindo o restante da população dessas cidades -estados do processo de escolha de seus representante e também eram impedidos de serem escolhidos como representantes, pois a autoridade nessas cidades só poderiam ser exercidas somente pelos nobres ora com um rei ora com um tirano ou ainda com um grupo de magistrados.

No mundo grego as cidades-estado de Esparta e Atenas. Destacam-se principalmente Atenas vai ser uma questão a parte porque depois está vai evoluiu para o  modelo de governo democrático. 

Você já ouviu falar da democracia como forma de organização política? Foi na Grécia antiga que ela foi criada, na cidade estado de Atenas especificamente.

  
Para entendermos melhor esse período vamos demonstrar como foi que ocorreu a passagem do modelo de organizaçã política-administrativa dos gênos para o modelo da pólis grega:

Com a desintegração dos génos, nasceram centenas de Cidades-estados, como Tebas, Argos, Corinto, Mileto, Atenas e Esparta.

As cidades evoluíram de acordo com os agrupamentos dos grupos abaixo citados:
  • Os genos, agrupamentos de famílias chefiadas por um patriarca;
  • As fatrias, conjunto de genos;
  • Os demos, reunião de fatrias e, por último,
  • A polis ou cidade, resultado da união de vários demos.


Cidades-Estado

As Cidades-Estados eram cidades que progrediam e ficavam mais independentes.
As principais cidades-estados foram:
  • Esparta e Corinto, no Peloponeso;
  • Atenas, na Ática;
  • Tebas, na Beócia;
  • Delfos, no Monte Parnaso;
  • Mileto, Esmira e Éfeso, na Ásia Menor.

Vamos agora falar um pouco sobre o processo de expansão do mundo grego na região do mediterrâneo.

Então galera!! Essas cidades-estados passaram a desenvolver o comércio marítimo e houve a expansão da civilização, o território grego se expandiu de maneira surpreendente, principalmente devido ao aumento desenfreado da população das cidades-estados. O deslocamento ocorreu seja para o interior da península ou para a constituição de colônias na Ásia Menor, no Mar Negro ou mesmo para a Península Itálica. O motivo? Devido a terra do mundo grego de então está mal distribuída, isto é, nas mães de um pequeno grupo de proprietários de terra, a maior parte da população desprovida do acesso a terra para plantar ou para criar animais, buscavam  novas terras para começar uma nova vida de prosperidade.  
 
A Grécia Antiga não se constituía em um Estado único, como vimos na aula passada, isto é, com um governo para todos os gregos. Era na verdade, um conjunto de cidades-estados independentes (pólis) e, às vezes rivais. Cada uma tinha suas leis, seus governos e seus costumes. A população dessas cidades raramente ultrapassavam 30 mil habitantes, exceto nas grandes, como Atenas e Siracura. Mas todas eram governadas por algum tipo de modelo de governo oligárquico.

Embora fossem independentes, as cidades gregas apresentavam certa unidade cultural expressa em elementos como: língua, crenças religiosas, sentimento comum de que eram diferentes dos povos que não falavam a língua grega. Um exemplo da unidade cultural grega são os jogos olímpicos, dos quais participavam as diversas cidades.
 
Nas cidades-estados, o cidadão grego foi conquistando direitos e contribuindo para a vida social. Sentia-se como membro da pólis e não como um objeto de submisso e manobrado pelos governantes. A palavra política, de origem grega, primeiramente designou o cidadão que participava dos destinos da pólis.
 
Dentre as cidades-estados gregas destacaram-se Esparta e Atenas. Agora vamos falar um pouco dessa duas cidades-estado, visto que elas são modelos de cidade-estado da Grécia Antiga cobradas no Enem e em Vestibulares pelo Brasil a fora. OK!

Vamos iniciar por Esparta

Esparta
Esparta era a capital da Lacônia localizada na região sul do pelonopesco, ‘as margens do rio Eurotas que também era chamada de Lacedemônia. Situada numa área vasta e muito fértil, dedicava-se ao cultivo de cereais, da vinha e das oliveiras. Esta cidade-estado se distinguiu pelo seu espírito guerreiro. Foi conquistada pelos aqueus, no século XX mais tarde no século IX a.C. pelos dórios que submeteram os habitantes locais e fundaram um centro urbano e de controle e administração. 

Os descendentes dos dórios constituíam a classe dos espartanos, que monopolizavam o poder do estado. A maioria dos habitantes das cidades porém era constituída de escravos. Vencidos em guerra eram propriedade do estado que os cedia a classe dominante juntamente com as terras que trabalhavam.
Sua organização social era dividida em três classes:

  • Espartanos: formada pelos descendentes dos dórios, era a classe dominante;
  • Periecos: formada por pequenos comerciantes livres, descendentes dos antigos camponeses que habitaram a cidade e que tinham apoiado a dominação dórica da cidade, tinham alguns privilégios, mas não podiam ocupar cargos políticos por serem considerados como estrangeiros.
  • Ilotas: eram os escravos por no passado terem se revoltado contra os dórios, não podiam se afastar das terras em que produziam.

Educação em Esparta
Os espartanos eram preparados acima de mais nada para a guerra, Toda criança ao nascer era examina por um conselho de anciões que avalia sua constituição física. Caso apresentasse alguma deficiência, seria atirado de um desfiladeiro. Caso contrário permanecia com os pais que o educaria até os sete anos. Os meninos eram separados da família e entregues ao estado para cumprir serviço militar. crianças que nascessem com problemas físicos eram jogadas no desfiladeiro.

- Os meninos logo cedo faziam exercícios físicos, leitura e canto. Cuidavam rigorosamente da perfeição do corpo. Entravam para o exército aos vinte e um anos, de onde saiam aos sessenta.
Esparta representava o poder absoluto, ditatorial, onde os filhos eram educados dentro de leis rígidas, que por severas demais, terminava por favorecer a corrupção.

- As meninas eram ensinadas na arte domésticas e aos vinte anos eram obrigadas a casarem-se, embora os homens só pudessem casar depois dos trinta anos.
A obrigação da mulher, portanto, era de gerar filhos saudáveis para servir ao estado, por isso a saúde do corpo também era uma preocupação feminina.
O casamento, numa sociedade dominada por valores masculinos, visava tão-somente a reprodução da população para manter os contingentes militares.

Organização política em Esparta
Esparta era governada por dois reis, em caso de guerra um ia para o combate enquanto o outro ficava na cidade. Como somente os descendentes dos antigos dórios podiam participar da política o Estado espartano era um modelo de governo de oligarquia, isto é, um governo realizado por uma minoria. Mas os monarcas eram limitados por órgãos oficiais:
  • Gerúsia: câmara  formada por pessoas com mais de sessenta anos, que legislavam para todo o povo, eram vinte e oito membros eleitos pelo povo.
  • Apela: Assembléia do Povo, formada por cidadãos com mais de trinta anos, eles aprovavam ou não as leis da Gerúsia.
  • Conselho dos Éforos: formado por cinco magistrados eleitos pelo povo. Podia fiscalizar os monarcas e expulsar estrangeiros, podia convocar a Gerúsia e a Apela, atuar junto aos militares e administrar justiça.
Militarismo Espartano:
 O empenho da elite espartana em garantir seus privilégios é fielmente retratado na explicação sobre a origem das leis que regiam a cidade. O caráter conservador (inexistência de ascensão social) da sociedade espartana, era mantida graças a um sistema de educação voltado para a preparação militar.


Atenas
Atenas serviu de modelo a muitas cidades gregas e foi a grande exceção no mundo antigo,  quanto a forma de governo Foi considerada o berço da democracia, onde o povo amava a liberdade e se dedicavam à cultura, às artes, à beleza.Foi desta cidade que saíram grandes legisladores, filósofos e poetas.
 
A vida civil de Atenas foi muito diferente do viver militar dos espartanos.   
Atenas localiza-se na região da Ática, uma península bastante recortada, com bons portos onde colinas e montanhas misturam-se a pequenas planícies. Cidade formada por jônios, com sua localização próxima ao mar exerceu grande influencia na sua formação, contato com outros povos de civilizações adiantadas aprenderam e desenvolveram os elementos de uma vida espiritual e materialmente superior, votada para ciências e artes.
 
Sua organização social tinha sua população dividida em três classes:
  • Cidadãos: eram os filhos de atenienses.
  • Metecos: eram estrangeiros que se dedicavam ao comércio e a indústria. Não tinham direitos públicos, eram livres e bem tratados.
  • Escravos: classe menos numerosa, recebiam tratamento humano e podiam conquistar a liberdade.
Educação em Atenas
Diferente de Esparta, as crianças ficavam em casa até os seis anos, e depois os meninos iam à escola para aprender leitura, cálculo, escrita, poesia, canto e ginástica. Cultivavam o amor a pátria, às letras e às artes.
Os rapazes, aos dezoito anos entrava no exercito. Freqüentavam o liceu ou a academia. Tornavam-se cidadãos.
As meninas ficavam no lar, onde aprendiam a tecer, fiar, e bordar. Só poderiam freqüentar festas religiosas e não poderiam comer à mesa na presença de pessoas estranhas.
Organização política em Atenas
O modelo inicial de governo em Atenas foi monárquico. No inicio Atenas era governada por um rei escolhido entre um dos membro de sua  aristocracia que recebeu o nome de Arcondes, eram era um espécie de magistrado. Mas tarde esse arcondes foi substituído por um grupo de 3 magistrados retirados da aristocracia, sendo uns vitalícios, outros não. Depois, ao invés de 3 eles escolheram 9 magistrados, o arcontado, que governavam a cidade-estado por um ano.

Nesse formato de organização política eles também escolheram membros da assembleia chamada Aerópago, semelhante a Gerúsia de Esparta (câmara  formada por pessoas com mais de sessenta anos, que legislavam para todo o povo, eram vinte e oito membros eleitos pelo povo,= todos nobres).
Como tinha pouca participação do povo nesse governo, os atenienses, em maioria comerciantes e artesões, clamavam por leis escritas com melhores condições de vida e como queriam atuar no governo, formaram uma nova classe social, estes não aceitavam o regime oligárquico do governo, queriam mais participação popular no governo da polis grega de Atenas. Por isso, o regime de governo oligárquico não era aceito com tranquilidade pelos grupos desprivilegiados da sociedade ateniense. Revoltas populares ocorriam frequentemente, para solucionar esses conflitos.

RELEMBRANDO:
Quais os motivos que provocavam essas revoltas? 
Resposta: Falta de participação popular no governo ateniense.
Solução: criação de leis que garantissem a participação de todos os cidadão (atenienses)     

Então com a pressão do povo, no século VII a.C., surgiram leis formando um Código. O primeiro legislador foi Gracon a quem coube redigir as leis que até, então eram transmitidas apenas oralmente. Que por serem leis muito severas, acabaram por descontentar o povo e os aristocratas

Em 594 a.C. os atenienses elegeram Sólon, um dos sete sábios gregos, para a Arcontado, que realizou por sua vez, importantes reformas na democracia, favorecendo os direitos de todos:
  • 1º. Liberou, em parte, os devedores que por isso eram, anteriormente, escravizados.
  • 2º. Deu garantia a liberdade individual.
  • 3º. Estabeleceu o trabalho como dever, assim o pai tinha que ensinar um oficio ao filho.
  • 4º. Dividiu o povo em quatro classes de acordo com seu rendimento. Conservou o Aerópago e o Arcontado, criou o Bule, que era formado por cidadãos escolhidos entre os membros das três primeiras classes sociais, e criou ainda a Eclésia que era composta por vinte mil cidadãos, havendo entre eles pessoas sem posses.
Tirania:
A ineficácia das reformas fizeram com que alguns indivíduos que tomaram o poder o controle do governo pela força e passassem a exercer o poder de maneira pessoal, estabelecendo a chamada tirania. 

Um bom exemplo disso, foi o de Pisístrato (ditador que governo Atenas

Como vimos as reformas de Sólon originaram descontentamento: os eupatridas se viram prejudicados e o povo achou que devia ter mais direitos. Das lutas aproveitou-se Pisístrato, jovem endinheirado que, apoiado no partido popular, apoderou-se do governo.
Deu-se- o qualificativo de tirano, que, como sabemos, designava os que se elevavam ao poder por meios irregulares.
Pisístrato administrou com justiça e acerto, respeitando as leis de Sólon e procurando melhorar as condições dos menos favorecidos. A ele se atribui a iniciativa de determinar a compilação das obras de Homero. Quando morreu, sucederam-lhe os filhos Hiparco e Hípias. No entanto, estes não foram felizes:Hiparco foi assassinado numa rebelião e Hípias fugiu perseguido pelos nobres de Atenas. (510 a.C.).

Democracia Ateniense:
 
A situação era bastante delicada quando Clístenes, político de origem nobre, assumiu o governo de Atenas, disposto a apresentar reformas políticas profundas. Durante seu governo, instaurou-se a democracia, ampliando a possibilidade de participação nas decisões políticas todo cidadão ateniense independente de sua renda (sociedade censitária).
 
Em Atenas, a democracia repousava sobre o funcionamento de três órgãos políticos principais:
- a Bule: representava um conselho de quinhentos membros, encarregados de elaborar projetos de lei.
- a Eclésia: Eclésia tinha força de assembléia político e dela podiam participar todos com mais de 18 anos de idade, sua função era aprovar ou não os projetos exercidos pela Bule, além de eleger dez estrangeiros e
a Heliae: representavam tribunais de justiça, nos quais cidadãos escolhidos por sorteio julgavam conflitos, crimes e impasses.

Agora quem era considerado cidadão ateniense? Isto é, quem poderia participar das decisões da vida política da cidada-estado?



Na sociedade ateniense, apenas os cidadãos tinham direitos políticos, e somente era considerado cidadão o indivíduo do sexo masculino, maior de idade, nascido em Atenas e filho de pais atenienses.

Somente eles tinham o direito de participação nas instituições da cidade. A democracia ateniense  funcionava num quadro de restrições específicas de direitos políticos, convivendo com a escravidão, excluindo do direito de participação os estrangeiros e as mulheres. Como era uma sociedade que possuía um modelo de produção escravista a sua consolidação ocorreu paralelamente à expansão do uso da mão-de-obra escrava.


Na sociedade grega, era a mão de obra escrava que garantia a produção necessária para suprir a necessidade da população. O trabalho escravo era fundamental para que os senhores tivessem tempo disponível para as discussões sobre os rumos da cidade. Mesmo os trabalhadores livres eram explorados e oprimidos pelos senhores e proprietários de terras, tanto no caso de Esparta = os espartanos, como no caso de Atenas = os cidadão. Estes os bem nascidos (os nobres) eram desobrigados de qualquer atividade, exceto a de discutir os assuntos da cidade e do bem estar dos cidadãos.

Assim, na Grécia Antiga era o escravo que trabalhava para as maiores necessidades, depois apareciam os artesãos e os camponeses.

Essa sociedade dividiu o trabalho em três categorias básicas a saber: labor, poiesis e práxis.

- O labor era um trabalho dedicado à produção de alimentos para a sobrevivência do corpo (o esforço físico voltado para a sobrevivência do corpo, sendo uma atividade passiva e submissa: Ex. Cultivo da terra era uma atividade realizada exclusivamente por escravos:
- Ilotas (escravos do estado) em Esparta e 
- pelos Escravos  em Atenas. 

A palavra trabalho está ligada a um um instrumento de tortura, provém da palavra grega  = tripalium, , ligado durante muito tempo a ideia de atividade penosa e torturante.

- A poiesis era o trabalho do artesão e do escultor, seja para a fabricação de ferramentas, seja para o mero fim estético.
- A práxis se entendia como atividade política (do cidadão da polis). Na práxis a palavra e o discurso eram ferramentas de trabalho para encontrar soluções a fim de proporcionar o bem estar dos cidadãos.






Como esse assunto pode ser cobrado no Enem e nos vestibulares?
ATIVIADADES DE FIXAÇÃO:

1ª Questão: (Estilo ENEM) – Assunto: A cidadania da Grécia Antiga

Leia o texto a seguir

Não é a residência que constitui o cidadão: os estrangeiros e os escravos não são “cidadãos”, mas sim “habitantes”[...] não participam, então, a não ser de um modo imperfeito, dos direitos da cidade. [...] tão logo um homem se torne capacitado para participar da autoridade, deliberativa ou judicial, consideramo-lo cidadão do Estado.
Aristóteles, Política, Livro III. Fragmento.

Com base no texto de Aristóteles, pode-se afirmar que a noção de cidadania nas sociedades das cidades gregas está vinculada:
(A) à habitação nos demos
(B) à condição de liberdade preferencialmente.
(C) ao nascimento na pólis
(D) ao direito de participação nas instituições da cidade.
(E) exclusivamente aos homens que exercem a justiça na pólis


2ª Questão: (Unesp 97)

"A conseqüência mais aparente das invasões foi a destruição quase integral da civilização micênica. No espaço de um século, as criações orgulhosas dos arquitetos aqueus, palácios e cidadelas, não são mais do que ruínas. Ao mesmo tempo vemos desaparecer a realeza burocrática, a escrita, que não passava de uma técnica de administração, e todas as criações artísticas..."
(Pierre Lévêque, A AVENTURA GREGA.)

O texto refere-se às invasões
(A) persas
(B) germânicas
(C) macedônicas
(D) dórias.
(E) cretenses.



3ª Questão: (UFGD/MS - Adaptada) – Assunto: A cidadania da Grécia Antiga.

Na Grécia, durante a chamada Antiguidade Clássica, houve a formação de culturas diferentes que defendiam sociedades com práticas políticas, muitas vezes, em confronto. A Grécia conviveu com formas políticas de governo variadas que contribuíram para debates significativos sobre a ética e a cidadania.


Com relação aos regimes sociais e políticos da Grécia Antiga, é CORRETO afirmar que

(A) os gregos protagonizaram a experiência democrática mais plena da história, uma vez que a democracia se estendia para o âmbito econômico, social e religioso.
(B) a democracia grega possibilitava às mulheres o direito ao voto, ao exercício de cargos políticos do executivo e a participação efetiva nas assembleias legislativas.
(C) na sociedade ateniense, apenas os cidadãos tinham direitos políticos, e somente era considerado cidadão o indivíduo do sexo masculino, maior de idade, nascido em Atenas e filho de pais atenienses.
(D) independentemente de classe social, gênero ou etnia.
(E) embora somente Atenas tenha desenvolvido em sua plenitude os ideais democráticos, todas as demais cidades gregas adotaram instituições e princípios básicos idênticos aos dos atenienses.




4ª Questão: (UFMT) – Assunto: A cidadania da Grécia Antiga.
O sistema de pólis caracterizou o mundo grego em seu período clássico (V – IV a.C.). Sobre a pólis, analise as afirmativas.

I - Seu regime político era apenas a democracia.

II - Suas instituições políticas eram a Assembleia, o Conselho e as Magistraturas.

III - Sua cidadania abrangia os homens e as mulheres, excluídos os estrangeiros e os escravos.

IV - Sua consolidação ocorreu paralelamente à expansão do uso da mão-de-obra escrava.

Estão corretas as afirmativas  
 
(A) II e IV, apenas.
(B) I e III, apenas.
(C) I, II e III, apenas.
(D) I, II e III, apenas.
(E) I, II, III e IV.

5ª Questões – Assunto: A cidadania da Grécia Antiga.

Só os cidadãos gozam da plenitude dos direitos civis e políticos. Lembremos que a pólis clássica, mais que um território, é uma comunidade de cidadãos. O que constitui a pólis são os homens. A linguagem oficial não diz ‘Atenas’, mas, sempre, ‘os atenienses’ ou ‘o povo’, a ‘cidade dos atenienses’.
GIORDANI. Mário Curtis. História da Grécia. Antiguidade Clássica I.
Petrópolis: Vozes, 1984. p. 170.

Pela leitura do texto, pode-se entender o sentido da palavra cidadão como

(A) o conjunto dos habitantes da cidade, independentemente de sua origem, e que participam das decisões políticas.
(B) a aristocracia, os pequenos proprietários rurais, os comerciantes e os escravos.
(C) o conjunto masculino da população que morava em Atenas, excluindo-se as mulheres, que viviam em total submissão em uma sociedade patriarcal.
(D) apenas os homens livres, filhos de pai e mãe ateniense.
(E) toda a população, desde que devidamente alfabetizada e que cumprisse as exigências de uma renda mínima.

6ª Questão: – Assunto: A cidadania da Grécia Antiga.
A palavra democracia originou-se na Grécia Antiga e ganhou conteúdo diferente a partir do século XIX.

Ao contrário do seu significado contemporâneo, a democracia na pólis grega:

(A) funcionava num quadro de restrições específicas de direitos políticos, convivendo com a escravidão, excluindo do direito de participação os estrangeiros e as mulheres;
(B) constituir um império duradouro e unificado, imune, graças a suas defesas naturais e a seus grandes exércitos, aos perigos inerentes às migrações de sociedades nômades;
(C) representar uma sociedade liderada pela oligarquia mercantil e pelos proprietários de navios, cujo poder e riqueza advinham sobretudo do comércio e do domínio dos mares do Oriente Médio;
(D) provocar uma ruptura embrionária entre a dimensão divina e a dimensão humana da figura real, dado que o Patesi não era o próprio Deus, como no Egito, mas apenas seu representante;
(E) formar um povo economicamente auto-suficiente, que não praticava relações comerciais com o exterior.


7ª Questão: (UFPR2009) – Assunto: A cidadania da Grécia Antiga)

 A Civilização Ocidental tem na Grécia Antiga uma de suas fontes mais ricas.
Um dos seus legados mais expressivos foi o termo e a noção de democracia.

A respeito da prática da democracia entre os gregos da Antiguidade, é correto afirmar:

(   ) - Na democracia ateniense, participavam com plenos direitos políticos apenas os cidadãos.
(   ) - Havia um grande número de indivíduos que não eram considerados “cidadãos” e, por conseguinte, não tinham os mesmos direitos que eles.
(   ) - Entre os que eram atingidos pela restrição dos direitos políticos figuravam os metecos (estrangeiros) em Atenas.
(   ) - Os escravos, recrutados entre populações livres endividadas ou tomadas como presas de guerra, não gozavam de direitos políticos.
(   ) - Os escravos conseguiram melhores condições de vida após promoverem constantes revoltas, em particular aquela liderada por Crixus, Oenomaus e Spartacus em 73-71 a.C.
(   ) - Muito embora o regime democrático tenha funcionado com perfeição em Atenas, jamais foi admitida a participação direta do “cidadão” no governo.

(A) FVFFVF
(B) FVFFVF
(C) VVVVFF
(D) VVVFFF
(E) VVVVVF

8ª Questões – Assunto: A cidadania da Grécia Antiga.
A Civilização Ocidental tem na Grécia Antiga uma de suas fontes mais ricas. Um dos seus legados mais expressivos foi o termo e a noção de DEMOCRACIA.

A respeito da prática da democracia entre os gregos da antiguidade, é CORRETO afirmar:

(01) Da democracia ateniense, participavam com plenos direitos políticos apenas os "cidadãos".
(02) Havia um grande número de indivíduos que não eram considerados "cidadãos" e, por conseguinte, não tinham os mesmos direitos que eles.
(04) Democracia significa poder do povo.
(08) Os escravos, recrutados entre populações livres endividadas ou tomados como presas de guerra, não gozavam de direitos políticos.
 (16) Mulheres e estrangeiros participavam da democracia Grega.

SOMA:___________

9ª Questões (ENEM-2009 – Assunto: A cidadania da Grécia Antiga)

 Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”.
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana
na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994.

O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania

(A) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar
(B) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade  
(C) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica.
(D) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.
(E) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.
______________


10ª Questão: ((UFPE) – Assunto: A herança cultural da Grécia antiga)
 
Na construção da sociedade ocidental, há um destaque, dado por muitos historiadores, aos feitos da civilização grega, nos setores mais diversos da sua vida.

Muitos feitos culturais dos gregos:  

(A) permanecem atuantes na contemporaneidade, contribuindo para o pensamento ocidental, inclusive na formulação de seus valores éticos e políticos;
(B) distanciam-se totalmente dos princípios dos nossos tempos, não sendo retomados pelos pensadores do mundo atual;
(C) estão restritos aos tempos da Antiguidade Clássica, onde predominavam os interesses da aristocracia comercial de Atenas;
(D) são diferentes dos feitos dos romanos e dos de outros povos da Antiguidade, pela universalização das suas práticas democráticas e estéticas;
(E) ficaram restritos às conquistas estéticas da arquitetura e da escultura, onde se salientava a harmonia das formas como princípio estético.
 


    
3ª Aula: A Antiguidade Clássica – Grécia Antiga: Período Arcaico – do século VIII ao século VI a.C. 3ª Aula: A Antiguidade Clássica – Grécia Antiga: Período Arcaico – do século VIII ao século VI a.C. Reviewed by Gilvan Fontanailles on dezembro 25, 2014 Rating: 5

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