3º Série EM = 2º BIMESTRE

AULA  01:ESTRUTURA GEOLÓGICA BRASILEIRA

Objetivos da aula:

1) Conhecer a distribuição das grandes estruturas geológicas do território brasileiro 
2)Associar os escudos cristalinos a presença de importantes jázidas  de minerios metálicos e as bacias sedimentares a presença de combustíveis fósseis. 
3) Entender o que é o tempo geológico e a sua divisão em "tempo antigo" e "tempo recente";
4) Conhecer a distribuição dos minérios metálicos e de combustíveis fósseis no território brasileiro e relacioná-los com o arcabouço geológico brasileiro.

Fala galera! tudo bem! na nossa aula de hoje vamos falar sobre a estrutura geológica brasileira! OK!! Então Vamos lá!!
NOÇÕES PRELIMINARES
Observe o mapa abaixo:

O território brasileiro, de um modo geral, é constituído de estruturas geológicas muito antigas. e desgastada (erodida). 

No território brasileiro encontramos apenas duas das três formas de estruuras geológicas: os escudos cristalinos (blocos cratônicos) e as bacias sedimentares. Não existem DOBRAMENTOS MODERNOS. Existem diferentes idades entre formas de estrutura geológicas existentes no território brasileiro.

 
a) "tempos antigos":  
Os "tempos antigos" abrangem o Pré-Cambriano  (Era Arqueozóica e Era Proterozóica) NESSE TEMPO associam à configuração do arcabouço geológico BRASILEIRO que corresponde os terrenos originalizados com a gêneses das primeira rochas que formaram a superfície nas quais formaram os ESCUDOS CRISTALINOS brasileiros dos 36% que correspondente ao território brasileiro  dessas formações datam ao pré-cambriano(arquezóica e proterozóico ) o que significa idade acima de 570 milhões de anos.  

Era Arqueozóica: Dessa Era correspondem cerca de 32% do território brasileiro. Esses terrenos, os mais antigos do país, são constituí­dos por rochas magmáticas intrusivas ou internas (como o granito) e metamórficas (como o gnaisse) e formam o chamado Embasamento ou Complexo Cristalino Brasileiro.


Era Proterozóica: 4% são terrenos em que predominam as rochas metamórficas. Possuem grande importância econômica porque neles se localizam as principais jazidas de minerais metálicos do país. É o caso das jazidas de ferro do Quadrilátero de Ferro (MG), da Serra dos Carajás (PA) e do Maciço de Urucum (MS); das jazidas de manganês da Serra do Navio (AP); da bauxita de oriximiná (PA); da cassiterita de Rondônia.

Podemos também considerar os escudos cristalinos em dois grandes blocos: 
- o Escudo das Guianas, situado ao norte, e
- o Escudo Brasileiro, que abrange as porções central, leste e sul do país e se encontra subdividido em várias partes denominadas núcleos ou escudos propriamente (Sul-Amazônico, Atlântico, Uruguaio-Sul-Rio-Grandense).

E nas Eras Paleozóica e Mesozóica (o que significa entre 570 milhões e 225 milhões de anos) e correspondem as grandes áreas sedimentares do país: Paleozoicas (São-Franciscana e Paranaica)  e Mesozoica (Meio Norte e do Recôncavo) foram formadas as primeiras BACIAS SEDIMENTARES as mais antigas.
Esses "tempos antigos" possui grande parte das rochas e estruturas do relevo brasileiro são anteriores à atual configuração do continente sul-americano, que passou a ter o formato atual depois do levantamento da cordilheira dos Andes, a partir do Mesozóico.

b) "tempos recentes":
Os "tempos recentes" abrangem os períodos Terciário e Quaternário da Era Cenozóica, não temos estruturas geológicas cristalinas, e esse TEMPO é associando à modelagem do relevo. Tamabém nesses"tempos recentes"  foram formadas as bacias recentes que correspondem ao períodos terciário e quaternário (Era Cenozóico 65 milhões de anos) e correspondem aos terrenos do Pantanal Mato-grossense, parte da bacia Amazônica e trechos do litoral nordeste e sul do país.
Exercícios de Aula:

01- No que diz respeito à estrutura geológica brasileira, considere as afirmações abaixo:

I- Há predomínio de bacias sedimentares (64% do território) cuja importância econômica está associada à exploração de jazidas de carvão mineral e petróleo.

II- O derrame vulcânico da era paleozóica que atingiu áreas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, quando sofre a ação do intemperismo, dá origem a um solo bastante fértil, a terra roxa.

III- Há dois escudos, o brasileiro e o das guianas, onde são encontradas importantes jazidas de minerais, tais como ferro, manganês, ouro, entre outros.

São corretas as informações:

a) todas                   b)I e II           c) II apenas
d) II e III                e)III apenas

02. (UEL) A estrutura geológica do Brasil é composta por:

I. Escudos cristalinos, muito antigos, de rochas rígidas e resistentes que originaram planaltos e algumas depressões, compondo 1/3 do território nacional.
II. Bacias sedimentares compostas de rochas sedimentares que originaram as planícies, planaltos sedimentares ou depressões, ocupando cerca de 64% do total do país.
III. Dobramentos modernos que originaram planaltos e relevos montanhosos, formados no Terciário, ocupando cerca de 30% do território nacional.
IV. Escudos cristalinos recentes, pouco desgastados por processos erosivos, que deram origem às formas de relevo no qual predominam os planaltos montanhosos distribuídos por quase todo o território nacional.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

03. (UERJ) A crosta terrestre é formada por três tipos de estruturas geológicas, caracterizadas pelos tipos predominantes de rochas, pelo processo de formação e pela idade geológica. Essas estruturas são os maciços cristalinos, as bacias sedimentares e os dobramentos modernos. Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar:

a) os maciços antigos ou escudos cristalinos datam da era pré-cambriana, são constituídos por rochas sedimentares e são ricos em jazidas de minerais não metálicos.

b) as bacias sedimentares são formações muito recentes, datando da era quaternária, ricas em minerais energéticos e com intenso processo erosivo; constituem 64% do território brasileiro.

c) os dobramentos modernos, resultantes de movimentos epirogenéticos, são constituídos por rochas magmáticas, datam do período terciário e são ricos em carvão e petróleo, como os Andes, os Alpes e o Himalaia.

d) as principais reservas petrolíferas e carboníferas do mundo encontram-se nas bacias sedimentares, enquanto minerais como ferro, níquel, manganês, ouro, bauxita etc. são encontrados nos maciços cristalinos; os dobramentos modernos constituem áreas de intenso vulcanismo.

04. (Uece) Tratando-se da estrutura geológica do Brasil, todas as afirmações a seguir são verdadeiras, EXCETO:

a) as grandes estruturas do país são formadas por escudos cristalinos e por bacias sedimentares
b) a parte central da Amazônia é formada por rochas que compõem uma extensa bacia sedimentar
c) recursos naturais como petróleo, gás natural e carvão mineral ocorrem nos escudos cristalinos
d) as grandes reservas de águas subterrâneas se localizam em rochas porosas das bacias e coberturas sedimentares.

05. (Ufpel 2007) Relevo é o conjunto de diferentes formas apresentadas pela superfície terrestre, as quais são definidas pela estrutura geológica a partir da combinação de ações da dinâmica externa e interna da Terra.
Com base no texto anterior e em seus conhecimentos, é correto afirmar que

a) as modificações ocorridas no relevo brasileiro devem-se à intensa atividade geológica interna no passado, como vulcanismo, terremoto e dobramentos, verificadas no Brasil.

b) considerando que planícies são relevos em construção e planaltos relevos em destruição, no caso brasileiro, não devemos levar em conta os processos que os constituíram para tal classificação.

c) o clima tipicamente quente e úmido do Brasil não condiciona os mecanismos externos de atuação do intemperismo e da erosão sobre as rochas cristalinas e sedimentares.

d) o relevo não exerce influência sobre a pecuária e as atividades agrícolas no caso brasileiro, por sua característica de baixas altitudes.

e) predominam baixas altitudes no relevo brasileiro, e isso se deve à inexistência de dobramentos modernos durante o período terciário.

06 - (Puccamp) Não, é nossa terra, a terra do índio. Isso que a gente quer mostrar pro Brasil: gostamos muito do Brasil, amamos o Brasil, valorizamos as coisas do Brasil porque o adubo do Brasil são os corpos dos nossos antepassados e todo o patrimônio ecológico que existe por aqui foi protegido pelos povos indígenas. Quando Cabral chegou, a gente o recebeu com sinceridade, com a verdade, e o pessoal achou que a gente era inocente demais e aí fomos traídos: aquilo que era nosso, que a gente queria repartir, passou a ser objeto de ambição. Do ponto de vista do colonizador, era tomar para dominar a terra, dominar nossa cultura, anulando a gente como civilização.
(Revista "Caros Amigos". ano 4. nŽ. 37. Abril/2000. p. 36).

Objeto de ambição, eis uma expressão que cabe perfeitamente quando nos referimos ao subsolo brasileiro. Explica a afirmação, dentre outras causas,

a) a extensa área de terrenos pré-cambrianos ricos em minérios.
b) a ocorrência de combustíveis fósseis no escudo cristalino.
c) a baixa altimetria, responsável pela concentração mineral.
d) a ausência de alterações geológicas desde o Mesozóico.
e) os vários períodos de glaciação durante o Cenozóico.

Fim!!!


AULA  02: RELEVO BRASILEIRO: formas e altitudes

Objetivos da Aula:

 Olá pessoal!! Tudo bem? Hoje vamos falar sobre o relevo brasileiro destacando suas principais características. OK!!! Nesta aula iremos destacar dois aspectos o altimétrico e o modelado (formas) sobre a análise e estudo do relevo brasileiro:


NOÇÕES PRELIMINARES:
O Brasil é um país que possui uma estrutura geológica bastante antiga, o que determina seu relevo de baixa altitude. A inexistência de dobramentos modernos (endógenas) e a ação erosiva pelas quais já passaram os escudos cristalinos, influenciado principalmente por agentes externos (exógenos), como a alternância de climas quentes e úmidos com áridos ou semi-áridos favoreceu o processo de erosão no Brasil, ocasionou o baixo nível do seu relevo.
a) Aspecto altimétrico:
A primeira coisa a eesse respeito que você deve lembrar ou saber é que não ocorre no Brasil dobramento modernos, e que isso contribui para a existência de um relevo bastante desgastado e rebaixado. Isso é, claro devido ação do intemperismo e da erosão, que ao longo do tempo, desgastaram as velhas estruturas geológicas mais salientes do território brasileiro, confirmando o caráter dessas altitudes medianas fato evidenciado pelas modesta altitudes encontradas no país.
Veja os dados abaixo:


Alttudes modestas:
    0m à 200m = 41%
200m à 900m = 56%
900m à 1200m = 2,5%
      + de 1200m = 0,5%

Bem pessoal!! Só para se ter uma ideia da predominância de altitudes modestas no território brasileiro, apenas um ponto do seu território ultrapassa 3 mil metros de altitude: o Pico da Neblina com seus 3014 m, que é o ponto culminante (mais alto) do Brasil, localizado no estado do Amazonas, próximo à fronteira com a Venezuela.
O restante, pessoal !!! Cerca de 99% do modelado do relevo brasileiro, possui altitudes inferiores a 1200m. OK!!
b) Formas:

Resumindo, podemos dizer que o território brasileiro em sua porção continental, não apresenta formas oriundas da atuação recente dos agentes internos (vulcanismo, tectonismo), como as elevadas montanhas que caracterizam as cordilheiras de tipo andino, alpino e himalaio. Apesar dessas estruturas geológicas que lhe deram origem serem em geral antigas, as formas atuais de nosso relevo foram esculpidas principalmente ao longo do período Tecéario e do início do Quaternário da era Cenazóica. 
 
É importante então dizer, que o predomínio de baixas altitudes não significa que o relevo brasileiro seja basicamente de planícies, ao contrário, a maioria do território é constituída de planaltos e uma grande parcela de depressões. As áreas de concentração das planícies verdadeiras não chegam a um quinto do território nacional. De forma geral, o relevo brasileiro apresenta grande variedade morfológica (formas), como serras, planaltos, chapadas, depressões, planícies e outras formas resultante da ação, principalmente, dos agentes externos sobre a estrutura geológica de diferentes naturezas e idades. Os agentes externos ue mais participam da formação do relevo brasileiro são o clima (temperatura, ventos, chuvas) e os rios.


AULA  03: CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO


Objetivo da aula:

NOÇÕES PRELIMINARES:


Observe o mapa abaixo;

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6Z09pKgwR7e8BnaYdUm7Z2tAofgtwXpMNx1QaPuzYGhra2cnm5LzVvt2FdcVBUJkB5ipLrk0DE5NvJoBF4zaFuI4PHA2NMNRy1UDzE9H_4lbNOXsuppUp_8RvBXKIjL4621dlNZwpg_k/s1600/Extremos.jpg

Observando o mapa altimetrico do território brasileiro percebe-se que a altimétria se dá de forma irregular e heterogênea em quase todo o território brasileiro. Daí a necessidade de estudá-los e classificá-los. A esse respeito temos o estudo do relevo brasileiro que é bastante antigo possuindo pesquisadores de destaque como Aroldo de Azevedo e Aziz Ab’ Saber que desenvolveram suas pesquisas nas décadas de 1940 e 1960, baseados em relatos terrestres. Contudo uma nova classificação baseada em fotografias aéreas e no sensoriamento remoto destacou novas áreas e determinou um novo mapeamento do relevo, bem mais complexo e detalhado, essa classificação foi determinada por Jurandir Ross na década de 1990.

a) AS CLASSIFICAÇÕES DO RELEVO BRASILEIRO:


a.1) Na classificação de Aroldo de Azevedo ele adotou o critério geomorfologico, isto é, ele observou a Fisionomia da superfície brasileira observando as suas variações altimétricas (nível altimétrico). 

Com base em sua maioria em aulas de campo Aroldo de Azevedo propôs o primeiro estudo geomorfológico sobre o território brasileiro. Nesse seu estudo sobre o território brasileiro ele estabeleceu a existecia de apenas dois tipo de unidades morfologicas no território brasileiro, a saber: Planicie e Planalto. Para diferenciar esses dois tipos de unidade morfológica, ele estabeleceu um limite de 200 metros entre eleas para distinguir o que seria planalto em relação ao que seria planicie. Sendo:
planaltos terrenos levemente acidentados, com mais de 200 metros de altitude, e
planícies superfícies planas, com altitudes inferiores a 200 metros.


a.2) Na classificação de Aziz Ab'Sáber, ele adotou o critério morfloclimático, (que explica a formação do relevo pela ação do clima= temperatura e pluviosidade agindo diretamente sobre as rochas).

Nessa sua análise a origem do relevo está ligado aos tipos de Fisiologia que as rochas sofrem em relação aos tipos climáticos do passado (principalmente) que agiram nesses territórios dando os modelados do presente. Nessa nova classificação do relevo brasileiro  Aziz Ab'Sáber continuou com mesmas unidades morfologicas, usadas na classificação anterior de  Aroldo de Azevedo (Planicie e Planalto). Para difrenciar esses dois tipos de unidades morfológica, ele estabeleceu que:

Planalto: corresponderia a superfície aplainada, onde o processo erosivo estaria predominando sobre o sedimentar.

Planície: (ou terras baixas) se caracterizaria pelo inverso, ou seja, o processo sedimentar estaria se sobrepondo ao processo erosivo independentemente das cotas altimétricas.

  

 Nesse sentido sua pesquisa se pautou na observação da perde ou ganha de sedimento a partir da ação do clima sobres as rochas que compôem a superficie do território brasieliro, propondo dessa maneira uma nova classificação para este. Por essa divisão, o relevo brasileiro se compunha de 10 unidades, sendo sete planaltos, que ocupavam 75% do território, e três planícies, que ocupavam os 25% restantes.


OBSERVAÇÃO: Nessas  duas primeiras  classificação  do relevo brasileiro você percebeu que não exitiu até então  a unidade morfológica depressão.

a.3) Classificação de JURANDYR  L. S. ROSS:
a) Quanto ao critério:
As classificações das macrounidades do relevo brasileiro sofreu uma evolução quanto aos critérios e métodos utilizados. A pioneira classificação da década de 40, de Aroldo de Azevedo, utilizava como critério de classificação a altimetria, sob a qual as superfícies acima de 200m seriam os planaltos e, as que estivessem entre o nível do mar até 200m seriam as planícies. A classificação de Aziz Ab’Sáber, da década de 50, adota o conceito de processo erosivo para classificar as macrounidades: planaltos são superfícies em que predomina o desgaste erosivo, enquanto planícies são aquelas em que predominam os processos de acumulação dos sedimentos. Quanto ao seu critério Jurandyr Ross associou informações sobre o processo de erosão e de sedimentação dominantes (critério geomorfoclimáticos) com informações da base geológico-estrutural do terreno e com o nível altimétrico(critério geomorfológico).  
- Critério morfoestrutural (Estrutura Geológica) Segundo as características morfoestruturais ele classificou em três níveis o relevo: 
    - considera altimetria da superfície (planalto, planície ou depressão); 
    - considera a estruturação das macro-unidades: base geológica (ex.: sedimentar, cristalino...); 
Critério morfoclimático (Ação do clima)
   - considera os processo de intemperisticos(ganho ou perda de sedimentos):
Critério morfoescultural (Agentes externos)
   - considera o processo de erosão.
b) quanto classificação
A classificação do relevo brasileiro de Jurandyr Ross, elaborada com base em imagens de radar nas décadas de 80 e 90, possibilitou ampliar a complexidade da geomorfologia do Brasil. Ross propôs a criação de uma terceira macro-unidade além dos planaltos e planícies, as depressões; além de ter estendido para quase trinta unidades de relevo.
-Planaltos: superfícies acima de 300 metros de altitude que sofrem desgaste erosivo. Contém formas de relevo irregulares como morros, serras e chapadas.
-Planícies: é uma superfície plana, com altitude inferior a 100 metros, formada pelo acúmulo de sedimentos de origem marinha, fluvial e lacustre.
-Depressões: superfícies entre 100 e 500 metros de altitude sendo mais planas que os planaltos(é uma superfície com suave inclinação) e mais rebaixadas que as áreas de entorno, além de sofrer desgaste erosivo  (formada por prolongados processos de erosão)e apresentar elevações residuais como inselbergs e planaltos residuais.

c) Quanto as mudanças ocorridas:
c.1) Planaltos: São formas de relevo elevadas e aplainadas, com altitudes superiores a 300 metros, marcadas por escapas onde o processo de desgaste é superior ao acúmulo de sedimentos. Podem ser encontradas em qualquer tipo de estrutura geológica. nas bacias sedimentares, os planaltos se caracterizam pela formação de escarpas em áreas de fronteiras com as depressões. Formam também as chapadas, extensas superfícies planas de grande altitudes. Os planaltos são chamados de "formas residuais" (de resíduo, ou seja, do que ficou do relevo atacado pela erosão). Quanto à estrutura geológica, podemos considerar alguns tipos gerais de planaltos:
Os Planaltos continuaram dominando o território brasileiro, só que passaram a ser subdivididos em:

c.1.1) Planalto em bacias sedimentares – são os planaltos da Amazônia Oriental (Amazônia e Pará), os planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba (Pará, Maranhão e Piauí) e da bacia do Paraná (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul);

c.1.2)Planaltos em intrusões e coberturas residuais de plataforma - são os chamados escudos cristalinos. Temos como exemplo o Planalto Norte-Amazônico (chamado de Planalto das Guianas nas classificações anteriores);

c.1.3)Planaltos dos cinturões orogênicos – originaram-se da ação da erosão sobre os dobramentos sofridos na era pré-cambriana. São as Serras do Mar, da Mantiqueira, do Espinhaço e as Serras do atlântico Leste-Sudeste;

c.1.4)Planaltos em núcleos cristalinos arqueados – isolados e distantes um dos outros, possuem a mesma forma arredondada. São o Planalto da Borborema e o Planalto Sul-Rio-Grandense;
 
c.2)Planície:
 

 São superfícies relativamente planas, onde o processo de deposição de sedimentos é superior ao desgaste. São formações de relevo geologicamente muito recente. Sua formação ocorre em virtude da sucessiva depressão de material de origem marinha, lacustre ou fluvial em áreas planas. Normalmente, estão localizadas próximas do litoral ou dos cursos dos grandes rios e lagos. As Planícies brasileiras podem ser divididas em:  
c.2.1) Planícies costeiras: Encontradas no litoral como as Planícies e Tabuleiros Litorâneos, e a Planície da Lagoa dos Patos e Mirim. 
c.2.1) Planícies continentais: Situadas no interior do país, como a Planície do Pantanal. Na Amazônica, são consideradas planícies as terras situadas junto aos rios.  



Obs1. As Planícies (exclusivamente em bacias sedimentares), que passaram a ocupar uma porção bem menor do território brasileiro. Surgem as planícies costeiras(na área costeira nordestina aparecem as planícies e os tabuleiros costeiros (baixos planaltos que sofrem erosão e podem ter como limite, junto ao mar, as falésias) e as planícies continentais (planície do Pantanal e as planícies fluviais junto aos rios) . Na classificação de Ross as planícies são em menor número que os planaltos e as depressões. Isto se deve ao fato de que muitas áreas que antes eram consideradas planície, corresponde na verdade as depressões ou planaltos desgastados. A planície Amazônica que na classificação de Aroldo de Azevedo e Aziz Ab’Saber ocupava cerca de 2 milhões de km2, ocupa na classificação atual cerca de 100 mil km2


Obs2. Co relação as áres classificadas como planícies essas são formadas por sedimentos que tem sua origem em material de origem marinha, lacustre ou fluvial em áreas planas como se verifica nas várzeas e “igapós” da Amazônia, no Pantanal Matogrossense ou planície Mato-Grossense , que avança em direção à Bolívia e ao Paraguai, numa área de sedimentação aluvial recente, com oscilação de altitude entre 100 e 150 m. No litoral do Rio Grande do Sul podem se destacar as planícies das lagoas dos Patos e Mirim. Nas planícies costeiras e nas várzeas fluviais em geral. Temos também planícies tabulares na orla litorânea, com suas “falésias” e “barreiras”, formações cristalinas ou sedimentares que constituem paredões junto ao mar.


c.3) Depressões

São áreas rebaixadas em consequência da erosão que se formaram no limite das bacias sedimentares (planícies) com os maciços antigos (planaltos) devido a processos erosivos, rebaixando o relevo, principalmente na Era Cenozóica. São onze no total e recebem denominações diferentes conforme suas características  e localização, se subdivido em:

c.3.1)Depressão periférica: Nas regiões de contato entre estruturas sedimentares e cristalinas (área deprimida que aparece na zona de contato entre terrenos sedimentares e cristalinos). Tem forma alongada. Exemplificando: 
- Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná, 
- Sul-Rio-Grandense – nº22 no mapa de Ross)
c.3.2)Depressões Marginais: margeiam as bordas de bacias (terrenos) sedimentares, esculpidas em estruturas cristalinas.
Exemplificando:
- Depressão sul Amazônica e Norte Amazônica. 
c.3.3)Depressões Interplanálticas: São áreas mais baixas em relação aos planaltos que as circundam. 
Exemplificando: 
- Depressão Sertaneja e do São Francisco.
 
Exercícios de Aula:
01. (UECE) Aponte a característica que melhor identifica o relevo brasileiro:

a) apresenta predomínio de grandes altitudes, considerando possuir o território altitudes superiores a 1.000 m
b) apresenta dobramentos modernos e esta sujeito a movimentos tectônicos
c) apresenta pequena variedade de formas, predominando os maciços residuais
d) possui uma estrutura geológica velha, bastante erodida, portanto de altitudes modestas
A partir do desenvolvimento do sensoriamento remoto e do geoprocessamento foram feitas ao longo das décadas várias classificações do relevo brasileiro. Essas classificações se tornaram cada vez mais precisas e contendo cada mais dados.

AULA  04: Diferença entre clima e tempo atmosférico


Objetivos da aula
1) Conhecer as diferenças entre clima e tempo atmosférico;
2) Compreender a dinâmica atmosférica da Terra e como o homem interfere nela;
3) Associar o clima a outros fenômenos, como altitude, relevo, maritimidade, continentalidade, densidade vegetal e evapotranspiração. Relacioná-los a fatores climáticos como temperatura, pressão e umidade, criando uma visão articulada entre os elementos e fenômenos que formam o meio ambiente;
4) Analisar como os diferentes tipos de clima interferem na opção por certas atividades econômicas e quais impactos sociais estão relacionados à dinâmica climática (enchentes, secas, desabamentos, etc.);
5) Determinar a relação entre determinadas ações humanas e mudanças climáticas em diferentes escalas. Exemplos: represas artificiais podem alterar o microclima local ou regional; a emissão de gases que provocam o efeito estufa (CFCs, metano e gás carbônico), através da queima de combustíveis fósseis, provoca o aumento da temperatura global, acelera o degelo das calotas polares e aumenta do nível do mar.


Olá pessoal, hoje o nosso assunto de estudo é climatologia mas, precisamente clima e tempo  atmosférico.
O primeiro aspecto que você precisa entender sobre a ideia de clima é que esse é diferente de tempo atmosférico
Clima Tempo atmosférico
Bem pessoal! Antes de saber o que é clima. Você precisa entender o que é tempo atmosférico
PRESTE ATENÇÃO:
Quando você diz o dia ou a noite está nublado, ensolarado, quente ou frio etc.. em um determinado momento. Estamos nos referindo ao tempo atmosférico. Certo???

Então o que é que vem a ser o tempo?
Conceituando:  
Tempo é o conjunto de valores (de temperatura, de pressão, de umidade e da precipitação) que, em um dado momento e em um certo lugar, caracterizam o estado momentaneo atmosférico de um determinado lugar (isto é, naquele momento específico).


Vejamos o mapa


Tempo corresponde ao estado da atmosfera num determinado momento, ou seja, é como se fosse uma “fotografia” da atmosfera, pela qual se percebem as condições meteorológicas, por exemplo: nublado e não nublado.
Exemplificando:
- Se está fazendo sol ou não
- Se está nublado ou não
- Fazendo calor ou não

É só isso pessoal!!! Não tem que complicar nada! OK?


E o que é o CLIMA??
Conceituando
CLIMA é a sucessão dos tempos atmosféricos que são estudados pelos especialistas da climatologia “os climatólogos” onde o tempo atmosférico que predominar num período de 30 anos de estudo (observação) é que vai caracterizar o clima do lugar que pode ser quente, frio nesse período de estudo (observação).

Uo seja, o clima corresponde à sequência habitual de tempos. Por exemplo, no Brasil predominam o verão chuvoso e o inverno seco, formando o clima tropical continental. Portanto, o clima é mais duradouro ou permanente e não muda constantemente como o tempo. 


Certo???
Agora como é que se chega a determinação do clima de um lugar:

Bem pessoal!! Essa determinação é dada por médias mensais e anuais das condições atmosféricas estudadas (observadas) num período de 30 anos no mínimo, levando em consideração:
   - nível de precipitação
   - nível de temperatura
  - vento (pressão)
  - umidade (massa de ar).


OBSERVAÇÃO:
ENTENDIDO ESSA DIFERENCIAÇÃO (TEMPO ATMOSFERICO de CLIMA). Vamos agora realizar  uma atividade de fixação: ok!!

ATIVIDADE DE ASSIMILAÇÃO 

Texto de apoio:



O tempo e clima
Geralmente as pessoas utilizam as palavras clima e tempo como sinônimas, porém tais empregos ocorrem de forma incorreta, pois cada palavra representa um significado distinto, ou seja, são diferentes. O tempo refere-se ao estado momentâneo que ocorre em um determinado local a partir do ar atmosférico que pode ocorrer de maneira lenta ou rápida. Em diferença, o clima refere-se ao conjunto de condições atmosféricas que ocorrem em determinados locais deforma marcante. Dessa forma, pode-se simplificar dizendo que o clima é a junção dos tipos de tempo que ocorrem em uma determinada região, tornando-se uma característica da mesma. O tempo pode mudar de uma hora pra outra e modificar diversas vezes em um só dia: de manhã o céu está claro ausente de nuvens, ao meio-dia o céu já apresenta poucas nuvens, às 14: 00 o céu está completamente coberto por nuvens, porém às 16:00 as nuvens se dissipam e o dia se torna abafado.As condições do tempo e as características do clima conseguem influenciar em toda a rotina humana, pois existem atividades que somente são realizadas em um determinado tempo com distintas características climáticas, ou seja, não é possível realizar algumas atividades se o tempo e o clima não estiverem propensos para tal

1)Observe o mapa abaixo e responda.


 



 

a) Veja o mapa acima e diga quais as cidades com previsão de tempo chuvoso. ______________________________________________________________________________________________________________________ 


b) Qual a cidade segundo a previsão do tempo acima com a previsão de temperatura máxima. ____________________________________________ 
c) Cidade com a previsão de temperatura mínima. _______________________________
d) Responda: os dados apresentados no mapa referem-se ao tempo ou ao clima?Justifique. ______________________________________________________________________  ______________________________________________________________________  ______________________________________________________________________ 
2) como são as mudanças de temperatura durante o ano no lugar onde vocêvive?__________________________________________________________________  ______________________________________________________________________  ______________________________________________________________________  __________________________________________ 
3)Coloque V nas frases verdadeiras e F nas falsas.
( ) o clima pode mudar várias vezes ao dia.
( ) a previsão do tempo é feita pelos meteorologistas.
( ) para que possamos definir o clima de uma região faz-se necessária a observação das características das condições atmosféricas desse lugar, num longo espaço de tempo
  
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO


1 (UCS/RS) A atmosfera terrestre é formada por diversos gases importantes para a vida. É na atmosfera que se desenvolve o clima e o tempo. Sobre o clima é correto afirmar que
a) é o estado momentâneo da atmosfera que influencia todo o Globo.
b) à medida que a altitude aumenta, a temperatura diminui.
c) quando nos afastamos da costa, encontramos amplitudes térmicas menores.
d) as massas de ar influenciam apenas os climas frios, pois, nos climas quentes, elas não conseguem penetrar.
e) quanto menor a latitude, menor é a temperatura em função da baixa umidade.
2 (UFRN) O clima é a síntese do tempo num determinado lugar, durante um período de aproximadamente 30 a 35 anos, e resulta principalmente da:
a) expansão das massas de ar.
b) Diferenciação da pressão atmosférica.
c)Distribuição da pressão atmosférica.
d) Distribuição das chuvas.
e) Variação da temperatura.

AULA  05: CLIMA: Noções Gerais

Objetivos da aula:
 
O que é clima?

NOÇÕES PRELIMINARES 
 
O clima de um lugar é determinado pelos elementos e fatores climáticos. Os elementos agem diretamente sobre o clima. São eles: a temperatura, a chuva (e outros tipos de precipitação), a umidade do ar, os ventos e a pressão atmosférica. Esses elementos sofrem alterações devido à ação dos fatores climáticos, dentre os quais podemos destacar a latitude, a altitude, as correntes marítimas, a continentalidade, vegetação e o relevo.
Da atuação dos fatores sobre os elementos climáticos resulta o tempo, que é a combinação momentânea dos elementos do clima.
Para se determinar o clima de um lugar qualquer, deve-se analisar as variações do tempo nesse local e qual a sua sucessão habitual, resultante da atuação dos fatores sobre os elementos do clima.
Sendo assim, pode-se aceitar como conceito de clima a definição de Max Sorre. “Clima é a sucessão habitual dos tipos de tempo num determinado lugar da superfície terrestre”.


a) ELEMENTOS DO CLIMA
Temperatura – As temperaturas não são iguais em toda a superfície terrestre. Em geral, variam em função da latitude, da altitude e da maritimidade e continentalidade.
Precipitação    A precipitação varia principalmente em função da latitude e da maritimidade e continentalidade.
Pressão Atmosférica    A pressão atmosférica não é igual em todo o planeta. As diferenças de pressão atmosférica ocorrem porque a Terra recebe quantidades desiguais de radiação solar. A pressão atmosférica exerce grande influência nos tipos de clima. A diferença de pressão dá origem aos ventos e, em última análise, à circulação geral da atmosfera.
O vento é o ar em movimento. São as diferenças de pressão atmosférica, como mencionando, que explicam esse movimento, que ocorre principalmente na horizontal, isto é, de uma área para outra. Mas esse movimento também pode ser vertical, ou seja, da superfície, onde o ar é mais aquecido, para altitudes mais elevadas.

b) FATORES DO CLIMA
- Latitudes- A temperatura varia na razão inversa da latitude. Assim, quanto mais baixa for a latitude, mais elevada será a temperatura.
- Altitude- A temperatura também varia na razão inversa da altitude. Assim, quanto maior a altitude, menor a temperatura do ar atmosférico.
- Massas de Ar - As variações do tempo atmosférico, que podem ser normalmente muito bruscas num único dia ou em períodos mais longos, são causadas pelo deslocamento das massas de ar. Apesar de as massas de ar se localizar numa imensa região oceânica ou continental, elas se movimentam, entra em choque e empurram umas às outras. Quando uma massa de ar se afasta de sua área de origem, ela leva consigo, suas características originais (umidade, temperatura). É por isso que massas de ar úmidas tendem a provocar chuvas nas áreas que atingem em seu deslocamento. E massas de ar frias costumam provocar queda de temperatura nas áreas para onde se deslocam.
- Continentalidade/Maritimidade- As áreas próximas ao mar apresentam, em geral, amplitude térmica pequena, ou seja, sofrem pequenas variações de temperatura. Já as áreas localizadas no interior do continente, onde a influência marítima é menor, apresentam oscilações de temperatura bem mais acentuadas. Cidades com latitudes iguais ou muito próximas, situadas no litoral e no interior dos continentes, apresentam amplitudes térmicas bastante diferenciadas.
- Correntes Marítimas - São grandes massas de água que se deslocam pelo oceano com condições próprias de temperatura, salinidade e pressão. Possuem  grande influência no clima, além de favorecerem a atividade pesqueira em áreas de encontro de correntes quentes e frias, nas quais há a ressurgência de plâncton.
Vegetação – As plantas retiram umidade do solo pela raiz e a enviam à atmosfera pelas folhas (evapotranspiração). Além disso, a vegetação impede que os raios solares incidam diretamente sobre a superfície. Assim, com o desmatamento, há uma grande diminuição da umidade e, portanto, das chuvas, além de um aumento significativo das temperaturas médias.
Relevo – Além de estar associado à altitude, que é um fator climático, o relevo também influi na temperatura e na umidade, ao facilitar ou dificultar a circulação das massas de ar. Por exemplo, no Brasil, a disposição longitudinal das serras no Centro-Sul do país formam um “corredor” que facilita a circulação da massa polar atlântica e dificulta a circulação da massa tropical atlântica.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO:

01–(UFMS) Clima é a sucessão habitual dos estados do tempo meteorológico. A grande variação climática no planeta é resultante da interação dos fatores climáticos, que são os responsáveis pela grande heterogeneidade climática da Terra e estão diretamente relacionados com a geografia de cada porção da superfície terrestre. Em qual das alternativas a seguir há APENAS fatores climáticos, isto é, aqueles que contribuem para determinar as condições climáticas de uma região do globo?
a) Correntes marítimas, temperatura do ar, umidade relativa do ar e grau geotérmico.
b) Temperatura do ar, umidade relativa do ar, insolação e grau geotérmico
c) Temperatura do ar, pressão altitude, hidrografia e massas de ar.
d) Hidrografia, correntes marítimas, latitude e relevo. 
e). Altitude, massas de ar, maritimidade e latitude.

02 (UNIFEI) Pode-se afirmar que o clima corresponde ao comportamento do tempo atmosférico, ao longo do ano, num determinado lugar da Terra. O clima tem comportamento diversificado, que é caracterizado pela combinação de diferentes fatores. Com relação aos fatores climáticos, assinale a alternativa incorreta.
a) A latitude é o mais evidente fator climático, e quanto mais se afastar do Equador, menores serão as temperaturas.
b) As massas de ar influem diretamente nas condições climáticas.
c) As massas de ar podem ser frias ou quentes, secas ou úmidas, e, ao se deslocarem, interagem umas com as outras, trocando e distribuindo calor pela terra.
d) Em maiores altitudes, o ar se torna mais rarefeito, ou seja, há mais concentração de gases e umidade, o que aumenta a retenção de calor.


03Os raios solares, ao atingirem a atmosfera terrestre, aquecem os gases da atmosfera. Afirma-se que o aquecimento da atmosfera pelos raios solares é realizado de maneira indireta, pois provém, na maior quantidade, da reflexão deles na superfície terrestre. O calor refletido pela superfície terrestre varia de acordo com:

a) Longitude, latitude, quantidade de vegetação e continentalidade
b) Latitude, longitude ,maritimidade e continentalidade
c) Latitude, altitude, maritimidade e continentalidade
d) Longitude, altitude , quantidade de ausência de vegetação e maritimidade
e) Longitude, altitude, latitude e maritimidade.

04 (UNIFEI) O clima corresponde ao comportamento do tempo atmosférico durante um longo período. Com relação ao clima, analise as afirmativas e assinale a opção correta.
I.      São fatores climáticos a latitude, a altitude, as massas de ar, a continentalidade.
II.     Ilhas de calor são um fenômeno climático típico de grandes aglomerações urbanas.
III.   A ação diferenciada das massas de ar ao longo do ano é um dos fatores que explicam a variação do comportamento do tempo.
IV.   A inversão térmica é um fenômeno natural que pode ocorrer em qualquer parte do planeta e geralmente acontece no final da madrugada e no início da manhã, principalmente nos meses de inverno.
a) Apenas I e III estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas I, II e III estão corretas.
d) Todas estão corretas.


AULA  06: CLIMA: influência da ALTITUDE

Objetivos da aula:
 
NOÇÕES PRELIMINARES:


A paisagem acima é um exemplo clássico corresponde à variação de temperatura pela altitude. Isso acontece devido  a irradiação solar se dá no caso dessa montanha de  forma inclinada (devido ser um acidente geográfico) e pelo fato da montanha ocupar relativamente uma áreas (espaço) da superfície terrestre que deveria ser ocupado pela camada de ar que forma a atmosfera. Essas duas implicações interferem diretamente no processo de receptação e captação e retenção de calor no ar atmosférico onde se situar essas montanhas.OK!! 



a) CONCEITO: 
OBSERVE a gravura abaixo.

Analisando a gravura acima podemos dizer que altitude é a altura de qualquer objeto ou acidente geográfico em relação ao nível do mar. Isto é, distância em metros medida na vertical desde o nível médio das águas do mar até um determinado lugar. 
OBS.:
Ela pode ser:
- Positiva(lugar referente ao ponto A); ou 
- Negativa (lugares referentes aos pontos B e C).



b) ALTITUDE e o CLIMA:
Para o entendimento da ocorrência do fenômeno(da influência da altitude sobre o clima) precisamos observar dois fatores: o tipo de incidência solar  que ocorre no lugar e a expessura da coluna da atmosfera do lugar.


Antes porém, ainda se faz necessário lembrar, dentre todas as camadas que compõem a atmosfera a TROPOSFERA é a camada que está em contato direto com a superfície da Terra. Ele possui um espessura de cerca de 10 Km de altura e nela se concentra cerca de 75% das partículas (moléculas) que forma o volume dos gases atmosféricos que forma a atmosfera. Essa ultima característica confere a essa camada da atmosfera ser o local onde ocorrem fenômenos como ventos, chuvas, nuvens, etc, isto é, os fenômenos atmosféricos. 

b.1) TIPO DE INCIDÊNCIA SOLAR QUE OCORRE NOLUGAR .

Agora veja a figura baixo. Ao visualizar essa gravura é importante que você analise a forma como ocorre a dispersão da iradição solar nas regiões indicadas pelas letras A e B.  


Veja que a dispersão da incidência solar nos ponto A e B ocorrem da mesma forma. E o que isso nos indica? Que o ar atmosferico terá menor capacidade em reter calor.
Observa-se que, os raios se  incidirem de forma transversal sobre a surpefície terrestre nos pontos destacados. E sabemos que ao retornarem para a atmosfera  os raios  “se espalham mais”  refletindo para atmosfera em várias outras direções, o que dininuirá a energia da radiação solar sobre o anteparo(solo). Como isso, a irradiação solar ao se transformar em calor  terá menas intensidade térmica e consequentemente aquecerá  menos o solo



Quanto maior a altitude, mais o ar se torna rarefeito, isto é, quanto mais alto o lugar, menor é a concentração de gases e de umidade, fato que faz com que a capacidade de retenção de calor nas camadas mais elevadas da atmosfera se reduza, diminuindo a temperatura.

Isso explicar a ocorrência de ar FRIO nessas duas áreas, mas existe um outro fator que ajudar a explicar as temperaturas baixas nas elevadas altitude que é a expessura da coluna atmosferica do lugar.
b.2) EXPESSURA DA COLUNA ARTMOSFÉRICA DO LUGAR.
Outro ponto importante  sobre esses fenômeno é a quantidade de partículas de moléculas de gases atmosféricos  que compõem a coluna de ar que forma a atmosfera do lugar.

A gente aprendeu que a pressão atmosferica funciona como uma coluna de ar que execer um certo peso sobre os corpos expostos à ela sobre a superfície terrestre.

Sendo assim a pressão variará de acordo com o peso do AR no caso da altitude, isto está ligado a quantidade de moléculas de gases atmosféricos.

Observe a gravura abaixo:


Observa-se que na gravura do lado esquerdo que quanto mais próximo for da superficie terrestre maior será o número de moléculas de gases atmosferico. O oposto ocorre ao se distância da superfície terrestre, observa-se o ar mais com menas moléculas, isto é,  o ar se torna mais rarefeito. Conclui-se que a quantidade de particulas em ambas as colunas de ar não são iguais. E indica que aonde haver maior numeros de moléculas o ar sera mais pesado, e consequentemente mais quente. O contrário ocorr nas elavadas altitude. Com uma coluna de ar não tão alta, menas moléculas (= baixa pressão) o que faz essa atmosfera ter menos capacidade de reter calor  (= ar mais frio) e rarefeito. 
Agora por que isso acontece(MOTIVO)??
A variação da pressão atmosférica está ligada à força da gravidade. Essa força tem origem no centro da Terra e atrai tudo o que está no planeta, inclusive a atmosfera (camada de gases que circunda a crosta terrestre). Quanto mais próximo da superfície, maior é a força exercida e, portanto, maior a pressão que a atmosfera faz sobre um ponto.

Exemplificando:


Com base na análise da temperatura nas três situações descrita na gravura acima pode-se concluir que a temperatura diminui com o aumento da altitude. E que em média, para cada 200 metros de altitude que se sobe, a temperatura diminui  aproximadamente 1º C.
Pegando o ponto A como referência podemos fazer o seguinte raciocínio:
Ponto A =       0 m = 22°C
Ponto B =   600 m = 19°C (  600m/200= 3 ou seja - 3°C)
Ponto C = 1200 m = 16°C (1200m/200= 6 ou seja - 6°C)
IMPORTANTE:
A altitude é tão importante para a determinação da temperatura que mesmo em áreas de baixa latitude(clima quente) podemos encontrar montanhas com neve eterna.

Vejamos agravura abaixo:

Ao visualizarmos uma fotografia como essa acima, refletimos sobre  o porquê da existência de clima tão frio como esse capaz de transformar uma paisagem típica de uma região quente do planeta em verdaeiras geleiras, paisagens típicas da região polar.  
c) A ALTITUDE ANULA A LATITUDE 
Na tabela abaixo são comparadas algumas cidades litorâneas (baixa altitude, nível do mar) com cidades de planalto ou de montanhas(alta altitude), para podermos constatar a influencia da altitude na temperatura.OK!!

Então vamos analisar a tabela?
COMO A ALTITUDE ANULA A LATITUDE
Cidade
Altitude
Latitude
Média Térmica Anual
Vitória
2m
20º19’S
24,4ºC
Belo Horizonte
852m
19º56’S
21,5ºC
Rio de Janeiro
5m
22º54’S
23,8ºC
São Paulo
731m
23º32’S
19,8ºC

O que é que se você conclui dessas informações?
IMPORTANTE:
Isso ocorrer devido ESSAS REGIÕES possuirem DIFERENTES ALTITUDES 
EXEMPLIFICANDO: 
A diferença de temperatura média anual entre São Paulo, a uma altitude de aproximada de 700 m e uma temperatura média de 20,0°C, e Santos, a uma altitude de 5 m e com temperatura média anual de 24,0 °C pode ser entendida através de diferença de altitudes. A diminuição vertical média da temperatura na troposfera é de 6,5°C por km. Isso é o que denominamos de gradiente adiabático atmosférico, ou seja, redução da temperatura do ar por expansão do volume sem que ocorra troca de energia com o entorno.

Veja a gravura abaixo:.



Influência da altitude na temperatura
 
A cidade de Vitória, no Espírito Santo, é praticamente plana, possuindo altitude de 2 m e latitude 20º19’S; sua média térmica anual é de 24,4ºC. Em comparação, a cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, apesar de possuir menor latitude (19º56’S), é mais fria, possuindo média térmica anual de 21,5ºC. Isso acontece porque sua altitude é de 852 m, bem mais elevada que a cidade de Vitória.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO:

1 - (UFES) A altitude é um fator que influencia condições ambientais e, por isso, é levada em consideração na prática esportiva. É CORRETO afirmar que o aumento da altitude causa:
a) aumento da longitude.
b) diminuição da pressão atmosférica.
c) aumento da densidade do ar.
d) diminuição da latitude.
e) diminuição dos valores de insolação

AULA  07: CLIMA: influência da LATITUDE

Objetivos da aula:

 Olá pessoal! Tudo bem? na aula de hoje vamos falar sobre a influência que a LATITUDE execer sobreo clima. Antes de falarmos sobre esse assunto é importante a gente revisar o que LATITUDE. ok!! Veja o grafico abaixo:

LEMBRANDO:
- Latitude: É a distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre em relação ao Equador 
Pode ser definida como o ângulo que a vertical desse lugar forma com o plano do Equador.
A latitude pode ser norte ou sul e variar de 0º a 90º. Cada grau divide-se em 60 minutos e cada minuto em 60 segundos

AGORA O QUE TEM HAVER ISSO COM O CLIMA?

Tendo por base o Equador, à medida que nos aproximamos dos  polos a latitude vai aumentando. Isso ocorre devido o formato esférico do planeta existem vários tipos de incidência dos raios solares na Terra. Isso faz com que as temperaturas diminuam de acordo com a aproximidade da região polar. Veja a gravura.

De forma geral a temperatura atmosférica no planeta varia em virtude da proximidade ou da distância da linha do Equador.  Isto é, da LATITUDE!!!!

Nessa aula vamos aprender que isso está ligado ao tipo de insidência solar, que ocorre no planeta, que não é igual devido a terra ser esférica e o ângulo dessa radiação entre os raios  e a superfície terrestre se darem de formas diferentes sobre a superfície do planeta. OK!!!  


NOÇÕES PRELIMINARES

A latitude é um dos fatores do clima que influi na temperatura devido à forma esférica da Terra(isso já ficou bem claro). A insolação diminui a partir do Equador, pois ali os raios solares incidem perpendicularmente à superfície da Terra, em direção aos pólos, onde há elevada inclinação e reflexão dos raios solares  a incidência solar se dá de forma mais inclinada e os raios chegam mais espalhados(o que diminui a capacidade do ar em reter calor na atmosfera). Então a regra geral se define que com o aumento da latitude diminui a temperatura.
 
Para compreendermos melhor esse fenômeno vamos dividir o estudo da influência da latitude em relação ao clima em duas categorias de análise:

 -1ª categoria de análese o Tipo de incidência dos raios solare.
 -2ª categoria de análise o Tipos de incidência angular dos raios solares.
 
Então vamos iniciar a nossa aula propriamente dita!! OK??!!
Começaremos pelo tipo de incidência dos raios solares.

a) Tipo de incidência dos raios solare:
Na figura abaixo observe que a incidência solar que ocorre sobre a superfície terrestre se dá de formas diferentes(existem regiões onde os raios solares incidem de forma mais concentrada e existe região onde os raios solares incidem de forma  mais dispersa). Mas, por que isso ocorre? Bem!! É claro que você já sabe a resposta. É devido o formato esférico do planeta (já aludimos isso atraz).

AGORA Observe os pontos A,B e C, na figura abaixo:

Em relação aos pontos A e C existe alguma diferença?

- 1° a localização o ponto A localiza-se sobre a região do equador, já o ponto C localiza-se sobre a região polar.
- 2° o ponto C o território está mais inclinado em relação ao ponto A.
- 3° a área do ocupada pela incidência dos raios no ponto A é mais concentrada em relação a área do ponto C.
- 4º os raios que incidem na área do ponto A refletem na mesma direção, já os raios que incidem na area do ponto C devido a inclinação da área refletem para varios outros lugares.
      
a.1) No caso da região indicada pela letra C. isto é, nas áreas próximas aos polos (ALTAS LATITUDE). Os RAIOS atingem a Terra de forma mais inclinada. O que faz com que os raios se espalhem mais e tangenciem uma maior área da superfície terrestre. E O QUE ISSO INFLUENCIARÁ NA DETERMINAÇÃO CLIMÁTICA DESSE LUGAR?


BEM PESSOAL!! Devido a inclinação da superfície terrestre ser mais acentuada nessa região do GLOBO, a medida em que nos deslocamos em direção aos pólos, haverá também uma maior inclinação e reflexão dos raios solares. E isso faz com que ELES  “se espalham mais” sobre a superfície e com isso refletam mais para várias outras direções, sendo mais dispersos eles acabam atingindo uma área bem maior e consequentemente, devido essa dispersão concentram menos calor, pois os raios solares não se concentram em um mesmo lugar. E isso explica em parte o motivo dessa região ser congelada.




OK!! Até aqui!! Está tudo esclarecido?? Se sim! Vamos então prosseguir. OK!!

a.2) No caso da região indicada pela letra A. isto é, nas áreas próximas ao equador (BAIXAS LATITUDE). Os RAIOS atingem a Terra de forma PERPENDICULAR. O que faz com que os raios se concentrem e ocupem um menor área da superfície terrestre. E O QUE ISSO INFLUENCIARÁ NA DETERMINAÇÃO CLIMÁTICA DESSE LUGAR?



BEM PESSOAL! Aqui a inclinação da Terra em relação a incidência dos raios solares é quase nula, isso é, os raios se chocam com a superfície dessa região de forma perpendicular.  E isso faz com que ELES fiquem mais concentradosocupando uma área bem menor, sobre a superfície, faz com que eles sejam refletidos na mesma direção em que foram projetados (de cima para baixo e voltam de baixo para cima), e por atingir uma área menor faz com que seja a temperatura maior nessa região,isso explica em parte o motivo dessa região ser bastante quente.


 b) Tipos de incidência angular:

 No caso da região próxima a Linha do Equador: Observa-se que a incidencia dos raios solares se projetam de modo a formarem um ângulo perpendicular sobre a região equatorial, isto é, um ângulo de 90°.  
 
  No caso da região próxima aos polos: Observa-se que a incidência dos raios solares se projetam de modo a formarem um ângulo obituso(maior que 90°) o que faz com que os raios solares se dispersem
             
                                    






A figura evidenciam a importância da latitude na variação da temperatura. Graças à forma esférica da Terra, os raios incidem verticalmente na região do Equador, cobrindo uma área menor, provocando mais calor, mas, na direção dos pólos, a área abrangida pelo raio solar é maior, devido os raios incidem transversalmente concentrando menos calor.

IMPORTANTE:
Isso ocorrer devido ESSAS REGIÕES possuirem DIFERENTES LATITUDES 



c) Influência da latitude na temperatura
A cidade de Belém, no Pará, está localizada em
pequena latitude: 1º28’S. Assim, sua média térmica anual é de 25,9ºC. De outro lado, a cidade de Porto Alegre, localizada numa latitude maior, de 31º01’S, possui média térmica anual de 20,1ºC, sendo mais fria que Belém.


ATIVIDADE DE FIXAÇÃO:

      OBSERVE a Tabela 01: Capitais brasileiras – Temperatura
COMO A ALTITUDE  INFLUENCIA A TEMPERATURA
Cidade
Temp. Máxima (°C)
Temp. Mínima (°C)
Temp. Média (°C)
Belém
33
23

Brasília
26
19

Porto Alegre
26
18

Recife
31
23

Salvador
27
22

São Paulo
26
17

Fonte: INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), 2005.

A) Encontre a temperatura média das cidades indicadas e complete a tabela 01 adequadamente.
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  _____________________________________________________________
B) Identifique e escreva o nome dos fatores climáticos que condicionam as temperaturas dessas capitais.
 
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  _____________________________________________________________
C) Quais cidades apresentam a temperatura média diária mais alta e mais baixa, respectivamente?
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  _____________________________________________________________
D) Qual capital tem seu clima mais diretamente influenciado pela continentalidade (distância em relação aos oceanos)? Caracterize a distribuição diária da temperatura, nessa cidade, a partir da ação desse fator.
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E) Qual cidade é mais influenciada pelo fator latitude? Existe relação entre as temperaturas indicadas acima.
 
 _____________________________________________________________
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Bons estudos!!

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO:

1 - Em relação INFLUÊNCIA da latitude sobre a temperatura, costuma-se perguntar, por exemplo, por que a media térmica de Belém (PA) é de 25,6°C. A resposta é: Devido à influencia da latitude.
Veja a tabela a baixo, ela indica a latitude de algumas cidades brasileiras e a sua respectiva temperatura:
COMO A LATITUDE INFLUENCIA A TEMPERATURA
Cidade
Latitude
Média Térmica Anual
Belém
1º28’S
25,9ºC
Salvador
12º55’S
25,5ºC
Vitória
20º19’S
24,4ºC
Porto Alegre
31º01’S
20,1ºC
Santos (SP)
23°56’
22,0
Florianópolis (SC)
27°35’
20,5

02 –(UCS/RS) A atmosfera terrestre é formada por diversos gases importantes para a vida. É na atmosfera que se desenvolve o clima e o tempo.
Sobre o clima é correto afirmar que
a) é o estado momentâneo da atmosfera que influencia todo o Globo.
b) à medida que a altitude aumenta, a temperatura diminui.
c) quando nos afastamos da costa, encontramos amplitudes térmicas menores.
d) as massas de ar influenciam apenas os climas frios, pois, nos climas quentes, elas não conseguem penetrar.
e) quanto menor a latitude, menor é a temperatura em função da baixa umidade.

AULA  08: CLIMA: influência da CONTINENTALIDADE / MARITIMIDADE

Objetivos da aula:

Olá pessoal, tudo bem!! Na aula de hoje vamos falar sobre maritimidade e continentalidade. De modo geral esses fenômenos estão relacionados com a interferência da proximidade ou distância de um determinado local com relação às grandes quantidades de água, tais como os oceanos ou mares e isso influenciará diretamente no clima dessas regiões. OK ! Estão vamos lá.

NOÇÕES PRELIMINARES
1- A existência de grandes quantidades de água ou não, influenciar na temperatura do clima terrestre.
2 - O sol não aquece o ar atmosférico diretamente. Para que isso aconteça ele necessita de um  anteparo. Nese caso temos dois tipos:
- supefície sólida - o solo terrestre, (base continental) 
- superfície líquida - (base oceânica)). 
Ao ser projetado os raios solares, a energia que é emitida pelo sol na forma de radiação solar, atingir a superfície terrestre e se transforma em calor. Esse calor quando entra em contato com o ar atmosférico dá origem ao que denominamos de TEMPERATURA ATMOSFÉRICA.

3-  O calor específico (a quantidade de calor necessária para aumentar de 1°C uma massa de 1g da substância) é quase 5 vezes maior para a água que para a solo. Assim, a água necessita bem mais calor para aumentar sua temperatura na mesma quantidade que o solo, para uma mesma quantidade de massa.

Nesse caso, dependendo do coeficiente de dilatação térmica o ar atmosférico poderá ser aquecido lentamente no caso deste se encontrar sobre as massas líquidas(oceanos e mares) ou poderá ser aquecido rapidamente se este estiver situado sobre as massas sólidas (continente)


4- A posição geográfica (continentalidade/maritimidade).

Uma localidade costeira na qual os ventos dominantes são dirigidos do mar para a terra e outra na qual os ventos são dirigidos da terra para o mar podem ter temperaturas consideravelmente diferentes. No 1o caso, o lugar sofrerá a influência moderadora do oceano enquanto o 2o terá um regime de temperatura mais continental, com maior contraste entre as temperaturas de inverno e verão e entre dias e noites.

- No interior do continente: continentalidade 
- Próximas aos oceanos: maritimidade.


  

INTERDISCIPLINANDO com a FÍSICA: 
Temperatura é a quantidade de calor existente em um corpo. O calor contribui para a variação de temperatura dos corpos(superfície sólida ou líquida). Quando o calor de um corpo aumenta, suas partículas se movem rapidamente e sua temperatura fica maior, isto é, se eleva, ele esquenta e dilata.




Quando aumenta a temperatura de uma substância, suas moléculas ou átomos passam, em média, a oscilar mais rapidamente e tendem a se afastar umas das outras. O resultado  disso é uma dilatação da substância. Com poucas exceções, todas as formas de matérias – sólidas, líquidas, gasosas ou plasma – normalmente se dilatam quando são aquecidas, e contraem-se quando resfriadas.


Então vamos analisar a tabela?
MARITIMIDADE / CONTINENTALIDADE
Cidade
Fenômeno climático
Amplitude Térmica Anual/julho
Salvador-BA
Maritimidade
         4,8 oC
Cuiabá-MT
Continentalidade
       15,2 oC
O que é que se você conclui dessas informações?

Que a cidade de Salvador-BA, tem uma amplitude térmica anual no mês de julho de 4,8 oC enquanto que a cidade de Cuiabá-MT apresenta amplitude de 15,2 oC. Esse efeito é conhecido como maritimidade/continentalidade atuando, respectivamente, em Salvador e Cuiabá.


Recorde que as localidades estão em latitudes próximas e também em altitudes próximas (apenas 100 metros de diferença).
PRESTA ATENÇÃO:

a) Nesse caso a temperatura das regiões litorâneas(cidade Salvador-BA ) se mantém praticamente constante, pois de dia enquanto ainda está quente, a água absorve o calor do sol e, à noite, quando deveria estar frio, a irradiação lenta do calor absorvido pela massa de água faz com que o ar em torno se aqueça, mantendo a temperatura. Esse fenômeno é conhecido por “maritimidade”.
Principais características: Regiões que estão expostas a este efeito, possuem baixa amplitude térmica anual e diurna (pouca variação da temperatura ao longo do ano, e entre a temperatura de dia e de noite) e invernos menos rigorosos.

OBSERVAÇÃO:
A proximidade dos oceanos também acaba interferindo na quantidade de precipitações, fazendo com que as regiões litorâneas tenham taxas de precipitação maiores que as regiões interiores dos continentes, devido à grande evaporação e condensação.

EXEMPLIFICANDO:

A cidade de Fortaleza capital do Ceará e a cidade do Rio de Janeiro são exemplos de lugares onde o fator da maritimidade ocorre. esse fator torna a atmosfera mais umidade, e essa atmosfera mais úmida, vai permitir que o efeito de térmica seja menor, durante o dia e maior durante o período noturno, tornando o clima desses lugares, mais moderados.

b) Já nas regiões que se localizam mais distante do litoral (ou mais no interior dos continentes), como é o caso da cidade de Cuiabá-MT, as temperaturas costumam se alterar entre o período diurno e noturno. Isso se dá devido à rapidez com que o solo se aquece e irradia o calor de sua superfície para a atmosfera, Já no período noturno devido baixa capacidade de absorção da temperatura durante o dia, quanto chega a noite ocorre também a rapidez do resfriamento de sua superfície e isso causa a queda da temperatura atmosférica.   Esse fenômeno é conhecido por “continentalidade”.
  
- Isso explica a maior é a amplitude térmica de determinada região.
- Isso implica em invernos mais rigorosos e a diferença de temperatura entre o dia e a noite também sejam maiores.
Como ocorre esses fenômeno?
a) MARITIMIDADE: Esse fenômeno é possível graça a característica  que os corpos  líquidos tem de ter um coeficiente de dilatação térmico maior que o coeficiente térmico do solo. Isso é, os corpos líquidos (águas)  retém o calor por mais tempo quando comparados aos solos e consequentemente demora mais tempo também para irradiar a energia absorvida da raidação termica para a atmosfera. 
Isso implicará em que?
Nesse caso, a temperatura das regiões litorâneas se mantém praticamente constante, pois de dia enquanto ainda está quente, a água absorve o calor do sol e, à noite, quando deveria estar frio, a irradiação lenta do calor absorvido pela massa de água faz com que o ar em torno se aqueça, mantendo a temperatura por mais tempo, isso ocorre até porque no período nortuno os corpos líquidos ainda estão aquecido, suas águas continuam a evaporá, o que torna o ar atmosferico mais umido e abafado.

Exemplificando:
A maritimidade, menor a amplitude térmica de uma cidade, porque a proximidade do mar torna as temperaturas mais estáveis. Isso ocorre em conseqüência do “efeito regulador de caráter térmico” que as águas dos oceanos exercem sobre as terras próximas.
Por exemplo, acima de Santos, em São Paulo, possui menor amplitude térmica do que cidades localizadas no interior do território brasileiro, como as dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.


b) CONTINENTALIDADE:
Em regiões distantes de oceanos e mares o clima sofre influência da continentalidade. Nesse caso, a superfície terrestre absorve calor e se aquece rapidamente, entretanto, o resfriamento é rápido, o que favorece uma variação de temperatura durante o dia (amplitude térmica).
A temperatura do solo é determinado pelo aquecimento da superfície pela radiação solar e transporte, por condução, de calor sensível para seu interior. Durante o dia, a superfície se aquece, gerando um fluxo de calor para o interior.
À Noite, o resfriamento da superfície, por emissão de radiação terrestre (ondas longas), inverte o sentido do fluxo, que agora passa a ser do interior do solo para a superfície.
Em áreas que sofrem influência da continentalidade (localização no interior do continente, distante do oceano), há maior variação de temperatura ao longo de um dia, ou mesmo de uma estação, do que em áreas que sofrem influência da maritimidade (proximidade ao oceano)
IMPORTANTE:
Um dos resultados dessas diferenças é o fato de que no litoral a amplitude térmica diária (diferença entre as temperaturas máxima e mínima de um dia – 24 h) é menor que no interior dos continentes.
Veja a tabela abaixo:
O que os dados da tabela nos revela é que as grandes massas de água possuem a característica de reter o calor dos raios solares por mais tempo do que o solo. Assim como, também, possuem a característica de resfriar mais lentamente.

Consequências climatológicas:

Os oceanos por terem maior capacidade de absorção e retenção de calor, proveniente da radiação solar, desempenham importante efeito regulador, atenuando as amplitudes térmicas.

O ativo dinamismo das águas oceânicas permite armazenar grande quantidade de calor em espessuras consideráveis. Estima-se que a temperatura média dos oceanos é de 3ºC maior que a temperatura média global.
A água é um equilibrador de temperatura já que demora mais tempo para se aquecer e também para perder o calor, conseguindo manter a temperatura mais alta no inverno e também consegue equilibra a ascensão (subida) da temperatura no verão. Essa característica possibilita que o fenômeno da maritimidade seja responsável pela menor amplitude térmica anual.
E o que é amplitude térmica?
É a oscilação de temperatura ou variação da menor para a maior temperatura. Pode ser diária, mensal ou anual.


AULA  08: VEGETAÇÃO - NOÇÕES GERAIS



Objetivos da Aula
Noções preliminares:
O que é que você precisa entender sobre esse assunto?
- Que elas são agrupadas segundo o seu porte físico:
Formação ARBÓREAS (Florestas) vegetais  de grande porte
Formação ARBUSTIVAS: vegetais de Médio porte
Formações HERBÁCEAS: vegetais de pequeno porte
Em sua classificação esse três grupos de forma vegetal se distinguem por vários outros caracteres, como por exemplo, pelas suas folhas:
     - Xerófitas: plantas adaptadas à aridez.
     - Higrófitas: plantas adaptadas a muita umidade.
     -Tropófitas: plantas adaptadas a uma estação seca e outra úmida
     - Halófitas: plantas adaptadas à água salgada (mangues).
     - Aciculifoliadas: possuem folhas em forma de agulha, para diminuir a área de transpiração e aumentar a retenção de água (pinheiros).
     - Latifoliadas: possuem folhas largas, possibilitando intensa transpiração, típicas de regiões muito úmidas.
     - Perenifólias: apresentam folhas durante o ano todo (perenes).
     - Caducifólias: perdem as folhas em épocas muito frias ou secas do ano (decíduas).

Vejamos:
a) ARBOREAS: formações ARBÓREAS (Florestas) vegetais  de grande porte.
EXEMPLIFICANDO – Nesse tipo de formação vegetal podemos citar as Equatoriais e Tropicais: Floresta Amazônica e Mata Atlântica
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
- Baixas latitudes- Regiões Intertropicais: Onde os climas predominantemente são: Equatorial  e Tropical Úmido. 
- Cujas Espécies são: Hidrófilas; Latifoliadas; Heterogêneas; Perenifólias.
- O que resulta em vegetações como: - Grande Banco Genético e Elevada Biodiversidade. 
- Floresta Amazônica e Mata Atlântica

b) ARBUSTIVAS: formação ARBUSTIVAS: vegetais de Médio porte
EXEMPLIFICANDO – Nesse tipo de formação vegetal podemos citar a Caatinga: Complexo vegetacional de ambiente semiárido.
 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Pertence ao grupo das xerófilas, com folhas decíduas.
Cerrado/Savana: complexo mesotérmico, com folhas semidecíduas e troncos tortuosos e raízes profundas.
c) HERBACEAS : formações HERBÁCEAS: vegetais de pequeno porte.
EXEMPLIFICANDO – Nesse tipo de formação vegetação podemos citar os Pampas – Brasil (Rio Grande do Sul= Campos Limpo ) e Argentina – Pradarias – EUA e Canadá e sul do Brasil – Estepes – África, Rússia e Europa.


Noções INTUITIVAS
A vegetação é reflexo das condições naturais de solo e de clima do lugar em que ocorre. Os elementos climáticos, principalmente a temperatura e a umidade, são determinantes para o tipo de vegetação de uma área. Há climas secos, úmidos, alternadamente úmidos e secos, quentes, frios, alternadamente quentes e frios ao longo do ano, e seus reflexos na cobertura vegetal definem a forma das folhas, a espessura do tronco, a altura das plantas, a fisionomia da vegetação, segundo a classificação:
Vejamos melhor:   

Quanto a Umidade
– Higrófitos
– Xerófitos
– Tropófitos
– Hidrófitos (Alagadas)
Quanto às Folhas
 – Latifoliada
 – Aciculifoliada  
Quanto ao Comportamento Sazonal das folhas
– Perenifólia
– Caducifólia ou decídua
 
Quanto ao porte
– Formações arbóreas
– Formações herbáceas
Formações arbustivas

ELAS são portanto o RETRATO (feição visual) dos diferentes elementos que compõem a paisagem de um determinado lugar 
Dessa forma, a vegetação é o reflexo das condições naturais de solo e de clima do lugar em que ocorre. Os elementos climáticos, principalmente a temperatura e a umidade, são determinantes para o tipo de vegetação de uma região, e são refletidos nas formas das folhas, na espessura dos troncos, na altura das plantas e na fisionomia da vegetação. 
  
VEGETAÇÃO ORIGINAL BRASILEIRA


O Brasil, por contar com grande diversidade climática, apresenta várias formações vegetais. Tem desde densas florestas latifoliadas tropicas, que ocupam mais da metade de seu território, até formações xerófilas, como a caatinga. Há também formações típicas de clima temperado, como a Mata de Araucárias. Possuiu grandes extensões, no centro do país, de uma formação complexa tipo savana, conhecida como cerrado, sem contar o complexo do Pantanal, as matas galerias, as formações de mangue.

Floresta Amazônica ou Floresta Latifoliada Equatorial: possui o maior banco gênico ou biodiversidade do planeta, a Floresta Amazônica apresenta três estratos:
Caaigapó- é uma área permanentemente alagada, ao longo dos rios, onde encontramos vegetação de pequeno porte, como a vitória-régia;
Várzea- área sujeita a inundações periódicas, com vegetação de médio porte, que raramente ultrapassa 20 m de altura, como a seringueira;
Caaetê ou terra firme- área que nunca inunda, na qual encontramos vegetação de grande porte, com árvores que chegam a atingir 60 m de altura, como a castanheira.
Mata Atlântica ou Floresta Latifoliada Tropical Esta formação foi altamente devastada ao longo da história do Brasil. Originalmente, estendia-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, alargando-se significativamente em Minas Gerais e São Paulo. Possuiu um estrato exposto à ação intensa das massas de ar úmido provenientes do Oceano Atlântico. Nessa área, ela é muito densa, quase impenetrável, sendo conhecida como Mata Atlântica (Floresta Latifoliada Tropical Úmida da encosta).
Mata galeria ou ciliar: é uma mata que acompanha o curso de rios que cortam o cerrado, onde são muito freqüentes, e a caatinga. Nas áreas próximas as margens dos rios perenes, o solo é permanentemente úmido, criando condições para o desenvolvimento da mata.
Mata de Araucárias ou dos Pinhais: é uma floresta na qual predomina a Araucária angustifólia, espécie adaptada ao clima subtropical ou temperado. Em seu interior, há a ocorrência de erva-mate, ipês, canela, cedros, etc.

Mata dos Cocais: esta formação aparece no Meio-Norte. É, portanto, uma mata de transição entre formações bastante distintas, constituída por palmeiras ou palmáceas, como o babaçu, carnaúba, oiticica e licuri.

Caatinga: vegetação xerófila, adaptada ao clima semi-árido, na qual predomina um estrato arbustivo caducifoliado e espinhoso; ocorrem também cactáceas. No verão, devido à ocorrência de chuva, brotam folhas verdes e flores.

Cerrado: muito parecido com a savana africana, é constituído por uma vegetação caducifólia.
Predominantemente arbustiva, de raízes profundas, galhos retorcidos e casca grossa, é uma formação plenamente adaptada ao clima tropical típico, com chuvas abundantes no verão e inverno bastante seco.

Complexo do Pantanal: dentro do Pantanal Mato-grossense há muitos campos inundáveis, floresta tropical e mesmo cerrado nas áreas mais altas. O Pantanal, portanto, não é uma formação vegetal, mas um complexo que agrupa várias formações.

Campos: formações rasteiras ou herbáceas, constituídas por gramíneas que atingem até 60 cm de altura. Sua origem pode estar associada a solos rasos ou temperaturas baixas em regiões de altitudes elevadas, áreas sujeitas a inundação periódica ou ainda solos arenosos.
Os campos mais famosos do Brasil localizam-se na Campanha Gaúcha.

Vegetação Litorânea: nas praias e dunas, é muito importante a ocorrência de vegetação rasteira, responsável pela fixação da areia, impedindo que seja transportada pelo vento. A restinga é uma formação vegetal que se desenvolve na areia, com predominância de arbustos e a ocorrência de algumas árvores, como o chapéu-de-sol, o coqueiro e a goiabeira. Os mangues são nichos ecológicos responsáveis pela reprodução de milhares de espécies de peixes, moluscos e crustáceos. Em áreas planas do litoral, na foz e ao longo do curso dos rios, o terreno é invadido pela água do mar nos períodos de maré cheia e a vegetação arbustiva que aí se desenvolveu é halófila e pneumatófila (durante a maré baixa, as raízes ficam expostas).
3º Série EM = 2º BIMESTRE 3º Série EM = 2º BIMESTRE Reviewed by Gilvan Fontanailles on março 30, 2013 Rating: 5

2 comentários

  1. Caro professor não existe a palavra " menas " no nosso idioma. Portanto fica ai minha consideração para q o senhor se puder corrija este material e não a utilize mais.

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