SOLOS: práticas agricolas e os problemas ambientais no mau uso dos solos no Brasil e no mundo


Fala galera! Tudo bem😀! Na aula de hoje vamos falar sobre práticas agrícolas e abordar alguns aspectos importantes relacionados aos problemas ambientais ligados ao mau uso dos solos no Brasil como também no mundo. esse é um tema muito recorrente em Geografia nas provas do Enem

NOÇÕES PRELIMINARES: 


Quando um agricultor deixar o solo exposto é muito perigoso, justamente porque a força da água da chuva ela tem a capacidade de levar essa camada superficial de matéria orgânica. Esse processo de lavagem da camada da superfície da matéria orgânica no solo nós chamamos processo de LIXIVIAÇÃO e é muito comum, portanto, em áreas de climas mais úmidos onde os agricultores não tomam esse cuidado permanentemente de proteger os solos.


Conceituando: Lixiviação – retirada de nutrientes (matéria orgânica ou mineral) do solo pela infiltração rápida e excessiva.

Além da lixiviação, os solos, que ficam expostos estão sujeitos a diferentes erosivos, isso ocorre porque a água da chuva tem a capacidade de impactar sobre a superfície do solo, num processo conhecido como efeito splash.
 Efeito splash
Que é o impacto da gota d'água da chuva sobre a superfície do solo, que tem a capacidade de remover aquelas partes inconsolidadas do solo, e forma-se uma lamina de água nessa camada superficial dando origem um processo inicial de erosão que conhecemos justamente pelo nome de erosão laminar.


Conceituando: Erosão por splash – chuva direta, saltitação de terra, dissolve torrões favorecendo a erosão laminar.
 
 Erosão Laminar

Essa lamina d'água que vai carregando entre os pedaços inconsolidados do solo se não for contidos poder evoluir dando origem a pequenos sulcos, que é um estágio mais avançado portanto da erosão.


Conceituando: Erosão laminar – escoamento superficial maior que a infiltração. Leva à formação de ravinas e voçorocas em áreas de encostas; fendas, sulcos, rasgão.



Sulcos          
Veja que na terceira imagem temos uma ideia de como pode ser essa erosão em sulco. Ocorre quando o escoamento da água sobre os solos intensifica o seu desgaste a ponto de formar pequenas “linhas” ou cortes no terrenos. Geralmente, esse é o princípio para a formação de erosões mais graves em áreas de declividade.

Sulcos funcionam como se fossem calhas para o escoamento da água, se estas calhas, elas não forem contidas, elas podem evoluir dando inicio à orifícios maiores, na forma de V. E esse processo erosivo mais intenso, mais agudo, é conhecido como ravina, ou processo de ravinamento.

Ravinas
 
As ravinas elas são reconhecidas na natureza como orifícios que tem + ou
–1 metro ou 1,5 metros. Então as ravinas são bem mais perceptíveis e que se não forem contidas podem evoluir e se juntarem formando e juntarem-se formando um imenso orifício que nós conhecemos então como voçoroca, a voçoroca ou boçoroca, é um estágio muito avançado de erosão que normalmente é irreversível.

Vaçoroca
A erosão quando evolui passa para o estágio de voçoroca, que é na verdade a formação de um grande buraco formado na terra. Nessa fase, temos uma grande perda de solo como visto na figura abaixo. 


Amigos, é muito importante o controle da erosão desde o início, pois com o passar do tempo essa erosão a princípio pequena pode tomar grandes dimensões, perdendo solo e área produtiva, além de que sua recuperação se torna muito mais cara.

Por tanto um agricultor para evitar esses processos erosivos ele pode por exemplo, investir em curvas de níveis, a erosão ela acontece por que .


 
 

Confira agora uma dica de Geografia no Enem

O SOLO NO VESTIBULAR E NO ENEM
Para o estudante do ensino médio que está se preparando para o vestibular ou para o ENEM, uma dica é dar uma olhada no conteúdo sobre solos, pois diversas universidades tem colocado questões sobre o solo em seus processos seletivos e principalmente no ENEM. 


Enem 2012 cobra questão sobre compactação do solo. Confira.
(Enem/2012) Um dos problemas ambientais vivenciados pela agricultura hoje em dia é a compactação do solo, devida ao intenso tráfego de máquinas cada vez mais pesadas, reduzindo a produtividade das culturas.
Uma das formas de prevenir o problema de compactação do solo é substituir os pneus dos tratores por pneus mais
A) largos, reduzindo a pressão sobre o solo.
B) estreitos, reduzindo a pressão sobre o solo.
C) largos, aumentando a pressão sobre o solo.
D) estreitos, aumentando a pressão sobre o solo.
E) altos, reduzindo a pressão sobre o solo.

GEOGRAFALANDO COMENTA:
A compactação que as máquinas agrícolas, tais como os tratores, originam no solo é devida à distribuição das forças de contato dos pneus sobre ele. Assim, a pressão que um trator exerce sobre o solo será tão maior quanto maior for o seu peso e menor for a área de contato dos seus pneus com aquele. Considerando o peso dos tratores como invariável, para diminuir a pressão sobre o solo e, consequentemente, a sua compactação, basta utilizar pneus mais largos.
Ou ainda...
A pressão exercida por um objeto sobre o solo é inversamente proporcional à área. Logo, o uso de pneus mais largos reduzirá a pressão do trator sobre o solo, minimizando o problema de compactação.

Resp.: A

Então pessoal o que você precisa saber sobre esse assunto? De modo geral entender alguns conceitos e os siguinificados desses conceitos em relação aos fenômenos relacionados a eles, e principalmente a entender a interrelação existentes desses no meio natural. 
Então quais seriam os PROBLEMAS AMBIENTAIS LIGADOS AO MAU USO DOS SOLOS:
 
O principal problema ambiental relacionado ao solo é a erosão superficial ou desgaste, que ocorre em três fases: intemperismo, transporte e sedimentação.

Os fragmentos intemperizados da rocha estão livres para serem transportados pela água que escorre pela superfície (erosão hídrica) ou pelo vento (erosão eólica). No Brasil, o escoamento superficial da água é o principal a ser desgastado, a erosão acaba com a fertilidade natural do solo. Veja no mapa abaixo as áreas com risco de erosão e desertificação no Brasil.


A intensidade da erosão hídrica está diretamente ligada à velocidade de escoamento superficial da água: quanto maior a velocidade de escoamento, maior a capacidade da água de transportar material em suspensão; quanto menor a velocidade, mais intensa a sedimentação.

A velocidade de escoamento depende da declividade do terreno e da densidade da cobertura vegetal. Em uma floresta a velocidade é baixa, pois a água encontra muitos obstáculos (raízes, troncos, folhas) à sua frente e, portanto, muita água se infiltra no solo. Em uma área desmatada, a velocidade de escoamento superficial é alta e a água transporta muito material em suspensão, o que intensifica a erosão e diminui a quantidade de água que se infiltra no solo.

Assim, para combater a erosão superficial, há dois caminhos: manter o solo recoberto por vegetação ou quebrar a velocidade de escoamento utilizando a técnica de cultivo em curvas de nível, seja seguindo as cotas altimétricas na hora da semeadura, seja plantando em terraços.

Para a conservação dos solos, deve-se evitar a prática das queimadas, que acabam com a matéria orgânica do horizonte A. Somente em casos especiais, na agricultura, deve-se utilizar essa prática para combater pragas ou doenças.

Um problema natural relacionado aos solos de clima tropical, sujeitos a grandes índices pluviométricos, é a erosão vertical, representada pela lixiviação e pela laterização. A água que se infiltra no solo escoa através dos poros, como em uma esponja, e vai, literalmente, lavando os sais minerais hidrossolúveis (sódio, potássio, cálcio, etc.), o que retira a fertilidade do solo. Essa “lavagem” chama-se lixiviação. Paralelamente a esse processo, ocorre a laterização ou surgimento de uma crosta ferruginosa, a laterita – popularmente chamada de canga no interior do Brasil – que em certos casos chega a impedir a penetração das raízes no solo.


EXEMPLIFICAÇÃO:

• Lixiviação: termo usado para designar um processo que ocorre quando as águas da chuva realizam uma espécie de “lavagem” do solo, retirando um elevado percentual de nutrientes que fertilizam o solo, tornando-o menos fértil. Em decorrência desse fato, se faz necessária a aplicação cada vez maior de fertilizantes.

• Laterização: é um processo que acontece em lugares nos quais predominam duas estações bem definidas (seca e chuvosa), essa característica favorece a concentração de hidróxido de ferro e alumínio no solo.
A concentração desses minerais forma a laterita, que torna difícil o manejo do solo em virtude do surgimento de uma ferrugem por cima do mesmo, deixando-o mais duro.
 

Desertificação/arenização: falta de manejo do solo como queimadas, sobre pastoreio, mecanização excessiva, monocultura.DE GRADAÇÃO E EROSÃO DOS SOLOS

As atividades agrícolas são agentes degradantes dos solos, causando anualmente a perda de milhões de toneladas. Veja a seguir alguns dados relacionados ao tipo de produção rural com seus respectivos resultados negativos.



Confira agora uma dica de geografia no Enem:

(ENEM/1999) cobra questão envolvendo Bioma relacionado ao tipos de solos.

Apesar da riqueza das florestas tropicais, elas estão geralmente baseadas em solos inférteis e improdutivos. Grande parte dos nutrientes é armazenada nas folhas que caem sobre o solo, não no solo propriamente dito. Quando esse ambiente é intensamente modificado pelo ser humano, a vegetação desaparece, o ciclo dos nutrientes é alterado e a terra se torna rapidamente infértil.
(CORSON, Walter H. Manual Global de Ecologia,1993)

No texto acima, pode parecer uma contradição a existência de florestas tropicais exuberantes sobre solos pobres. No entanto, este fato é explicado pela:

a) profundidade do solo, pois, embora pobre, sua espessura garante a disponibilidade de nutrientes para a sustentação dos vegetais da região.
b) boa iluminação das regiões tropicais, uma vez que a duração regular do dia e da noite garante os ciclos dos nutrientes nas folhas dos vegetais da região.
c) existência de grande diversidade animal, com número expressivo de populações que, com seus dejetos, fertilizam o solo.
d) capacidade de produção abundante de oxigênio pelas plantas das florestas tropicais, consideradas os “pulmões” do mundo.
e) rápida reciclagem dos nutrientes, potencializada pelo calor e umidade das florestas tropicais, o que favorece a vida dos decompositores.

GEOGARFALANDO COMENTA
O solo das florestas tropicais, embora com poucos nutrientes, consegue manter a exuberância da vegetação graças à rápida reciclagem dos nutrientes. O ambiente úmido e a temperatura mais alta favorece a proliferação de decompositores que degradam a matéria orgânica, com a consequente liberação de nutrientes inorgânicos ao ambiente, que serão reutilizados.
Resp.: E

SOLOS: práticas agricolas e os problemas ambientais no mau uso dos solos no Brasil e no mundo SOLOS: práticas agricolas e os problemas ambientais no mau uso dos solos no Brasil e no mundo Reviewed by Gilvan Fontanailles on maio 21, 2013 Rating: 5

2 comentários

  1. As consequências do mau uso do solo, relacionadas as mudanças climáticas tem um impacto negativo na distribuição de alimentos no planeta - se bem que nunca foi igualmente distribuído - uma vez que as ações mundiais e o pensamento consciente caminham devagar, para mudanças que devem ser criadas o mais rápido possível. Um solo deteriorado precisa constantemente de suplementos e venenos agrícolas para manter a planta saudável. A relação direta com uma alimentação toxica, o câncer e aumento do uso de plantas transgênicas é evidente. Apenas uma transformação global poderá erradicar o problema.

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