4ª AULA: A Antiguidade Clássica – Roma Antiga: República (509 – 27 a.C.) Parte 3



Fala galera! Tudo bem? Na aula de hoje vamos tratar da terceira característica do período republicano que você não deve esquecer que foi a instabilidades política promovidas pelos generais de campanhas militares de sucesso que ao retornarem para Roma obrigavam a senado em torná-los cônsules vitalícios ou usurpavam esse cargo o que tornou a cidade de Roma em um verdadeiro campo de batalha.

NOÇÕES PRELIMINARES:
As mudanças sócio-econômicas ocorridas em Roma a pós a conquista do Mediterrâneo (Mare Nostrum), foram responsáveis pela crise da República que geraram: 

- a consolidação do sistema escravista de produção;
- a concentração de terras em mãos da aristocracia 

 (Os ricos nobres romanos, em geral pertencentes ao Senado, tornaram-se donos de grandes latifúndios, que eram cultivados pelos escravos. )

- a ruína dos pequenos agricultores
(Os plebeus obrigados a servir no exército romano, muitos plebeus regressaram a Itália de tal modo empobrecidos que, para sobreviver, passaram a vender seus bens. Sem terras, inúmeros camponeses plebeus emigraram para a cidade, engrossando a massa de desocupados pobres e famintos. O aumento da massa de plebeus pobres e miseráveis ornava cada vez mais tensa a situação social e política de Roma.)


IMPORTANTE: Essa nova realidade prejudicou imensamente os pequenos proprietários, que não conseguiam competir com o preço dos alimentos oferecidos pelos patrícios. Por outro lado, vários plebeus perderam oportunidade de emprego com o uso dos escravos.


- o surgimento de uma nova classe de grandes comerciantes, os “homens novos” ou cavaleiros. 


(Alguns dos plebeus que compunham as longas fileiras do exército romano passaram a se beneficiar com a conquista das terras e escravos. Os chamados cavaleiros eram plebeus que se enriqueceram com a cobrança de impostos, a distribuição de comida aos exércitos, o arrendamento de florestas e minas e a construção de pontes e estradas. A garantida de controle sobre tais atividades foi reforçada quando os senadores e seus descendentes foram proibidos de exercer qualquer atividade que não fosse agrícola.)
 

O crescimento econômico e territorial de Roma esteve fortemente amparado pelos generais que organizavam as tropas e, muitas vezes, tinham uma autoridade maior do que os representantes oficiais do governo. Nesse contexto, temos a observância de uma transição política em que tais generais ascendem à esfera política e, com o tempo, se envolvem em disputas que marcam o fim do regime republicano como veremos mais a frente.


Durante esse período emergem duas forças políticas a sociedade romana dividia-se em dois grandes pólos. 

- De um lado os populares: partido ligado às classes plebéias, o povo e seus líderes, que reivindicavam reformas sociais urgentes. 
- De outro os optimates: partido ligado aos patrícios e aos plebeus ricos com casamentos patrícios.(a nobreza e grandes proprietários rurais). 

Show de bola!? Então vamos lá!  Então com base nestas informações preliminares vamos a aula propriamente dita! OK?



Os plebeus que não conseguiam se enriquecer foram obrigados a vender as suas terras para algum grande proprietário. Ao chegarem às cidades, enfrentavam outro grande problema com a falta de empregos. O fácil acesso à força de trabalho dos escravos estreitava as oportunidades de trabalho livre. Dessa forma, o enriquecido Estado romano se viu forçado a fornecer alimentos, vinho e espetáculos que continham a insatisfação dessa grande massa sem ocupação certa. Diante do clima de tensão, os irmãos Tibério e Caio Graco, que eram tributos da plebe, tentaram promover uma reforma social (133-132 a.C.).  os irmãos Gracos, que procuram  reformar a Lei Hortênsia de modo a  redistribuir a maior parte da terra aos plebeus mais pobres  para melhorar as condições de vida da massa plebéia. Entre outras medidas, propuseram a distribuição de terras entre camponeses plebeus e limitações ao crescimento dos latifúndios. Sofreram então forte oposição do Senado romano. Acabaram sendo assassinados antes que pudesse aprovar a reforma. a mando dos nobres, que se sentiram ameaçados pelo apoio popular que os irmãos vinham recebendo.


Fracassadas as reformas sociais dos irmãos Graco, a política, a economia e a sociedade romanas entraram num período de grande instabilidade. As tradicionais instituições da republica passaram a serem questionadas, e um clima de desordem e agitação foi tomando conta da vida das cidades, essa instabilidade acaba abrindo caminho para que diversos chefes militares entrassem, sucessivamente, em Roma e lutassem em busca de poder. A republica é vitima de sua própria política expansionista. 

 
Galera! Essas lutas desses generais passaram a mostra a fragilidade  das instituições da republica que estavam enfraquecidas devido a incapacidade do SENADO em gerenciar suas vasta extenssão territorial. E foi o que aconteceu em 107 a.C., Caio Mário, um famoso comandante militar, toma o poder,  a república entra em crise. Este então declara-se cônsulo vitalício. Mário, “homem novo” apoiado pelo exército (profissionalizado e assalariado por ele), realizou reformas favorecendo os cavaleiros e as camadas populares (que entraram em massa para o exército). Esse general tomou algumas medidas como a reformulação do exército, instituindo o pagamento de salário (soldo) para os soldados. 

Em outra guerra no oriente, contra Mitrídates, rei do Ponto, e um dos oficiais de Caio Mário, Cornélio Sula, um patrício, volta vitorioso e por sua vez usurpa Caio Mário e se instala como cônsul vitalício em 82 a.C., o general Cornélio Sila, representando a nobreza, derrotou Caio Mário e instituiu um novo governo ditatorial.


OBSERVAÇÃO:
Estas ditaduras, apoiadas no exército, permitiram a intervenção dos militares nos assuntos políticos aprofundando a crise da republica.
 
Em 79 a.C., Sula foi forçado a deixar o poder devido a seu estilo antipopular de governo, pois a situação social estava incontrolável.


Por volta do ano 60 a.C., os senadores, temendo o fim da República, criam os triunviratos, onde três homens de diferentes seguimentos sociais governam Roma ao mesmo tempo.

Crasso (patrício) representava as elites ricas de Roma, morreu em seguida, numa batalha no Oriente.
Pompeu (general) representava o exército.
Júlio César (general) representava o povo, tinha um grande carisma entre as camadas mais humildes de Roma.
 


CONTEXTUALIZANDO:

Após dois dos oficiais de Sula, Pompeu e Crasso.

- Pompeu, comandante vitorioso contra uma rebelião na Hispânia), e
- Crasso, que venceu a revolta de Espártaco, 

Retornarem à Roma de suas campanhas vitoriosas, deparam-se com Sula assassinado e os populares intervindo no senado para destruir as reformas por ele feitas. Os dois, unindo-se ao então governador da Hispânia, Júlio César, resolvem tomar o poder e fundam o Primeiro Triunvirato(com o apoio do senado).  

Pouco tempo depois de assumir o poder, Crasso foi assassinado. Surgiu, então, séria rivalidade entre Pompeu e Julio César.César e Pompeu lutam pela centralização do poder. Inicia uma guerra civil em Roma. Júlio César vence Pompeu e assume o poder e tornou-se ditador supremo de Roma. Pompeu foge para o Egito onde é assassinado pelo faraó Ptolomeu XIV.



Ptolomeu presenteia Júlio César com a cabeça de Pompeu, César horrorizado por receber a cabeça do adversário numa bandeja, destitui Ptolomeu do reinado egípcio. No processo de domínio romano sobre o Egito, Cleópatra torna-se a rainha regente.
Ao voltar para Roma, César inicia um processo de reformas sociais:
  • combate a corrupção;
  • diminuição de impostos;
  • distribuição de trigo ao povo.
César passa a ter o apoio do povo (plebe), mas Em 44 a.C. foi assassinado por uma conspiração organizada por membros do Senado. é assassinado em pleno senado romano por senadores patrícios.

Segundo Triunvirato:
Marco Antônio (general) representante do exército, tinha grande carisma entre o povo;
Otávio Augusto (senador) herdeiro de Júlio César, acredita-se que era sobrinho de César, tinha apoio do senado;
Lépido (patrício) representante da elite romano, logo foi afastado.
Marco Antônio e Otávio lutam pela unificação do poder. Novo período de disputas dentro da enfraquecida República Romana.
Otávio Augusto, vencedor, funda o IMPÉRIO. Tornando-se o primeiro imperador de Roma.


Em 43 a.C., estabeleceu-se o Segundo Triunvirado, composto por Marco Antonio, Otávio e Lépido. O poder foi dividido entre os três: Lépido ficou com os territórios africanos, mas depois foi forçado a retirar-se da política; Otávio ficou responsável pelos territórios ocidentais; e Marco Antonio assumiu o controle dos territórios do Oriente. Surgiu intensa rivalidade entre Otavio e Marco Antonio, que se apaixonara pela rainha Cleópatra, do Egito. Declarando ao Senado que Marco Antonio pretendia formar um império no Oriente, Otavio conseguiu o apoio dos romanos para derrotá-lo. Assim, tornou-se o grande senhor de Roma.
4ª AULA: A Antiguidade Clássica – Roma Antiga: República (509 – 27 a.C.) Parte 3 4ª AULA: A Antiguidade Clássica – Roma Antiga: República (509 – 27 a.C.) Parte 3 Reviewed by Gilvan Fontanailles on dezembro 26, 2014 Rating: 5

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