SISTEMA CAPITALISMO: ORIGEM E FORMAÇÃO = O capitalismo comercial
Objetivos
da Aula:
- Reconhecer o período histórico
conhecido como Idade Moderna como o momento embrionário e de desenvolvimento do
sistema capitalista tendo o comercio e posteriormente a atividade industrial
como principal fonte de riqueza como base política econômica e social na
organização da sociedade europeia entre os séculos XV e XVII
- Conhecer os acontecimentos que antecederam a formação do
sistema capitalista e suas principalmente as suas consequências
estruturais no campo ideológicas como no cultural, políticas e econômicas
que de certa forma engendraram o atual sistema capitalista na sociedade europeia
do final do século XV e inicio do século XVI.
- Identificar as relações de poder que permearam a
transição do sistema feudal para o sistema capitalista, quanto aos seus conflitos ideológicos tanto no campo
cultural, político e econômico e seus atores.
Perguntas:
- Será que a forma como o homem tem se
relacionado com a natureza foi sempre a mesma e com a mesma intensidade ao
longo da história?
Agora você imagina: Como era que o homem na idade pré-histórica se relacionava com a natureza? E como era na idade Media?
De certo, essa relação era pouco intensa e o espaço natural foi pouco modificado.
Agora vamos refletir! Como é feito essa relação hoje?
É claro que ele é bem mais intensa!
Observamos que o ritmo dessa relação
acelerou-se a partir da idade Moderna, e que ela iniciou-se na Europa.
Mas por que na Europa e na Idade
Moderna?
Nesse período a Europa passava por
profundas reformas estruturais não só ideológicas como culturais, políticas e
econômicas.
IMPORTANTE:
Essas transformações se concretizavam:
Na esfera política:
- na formação dos Estados Nacionais;
Na esfera econômica:
- na realização das grandes navegações e
na implantação do mercantilismo;
Na esfera religiosa e cultural:
- no movimento do Iluminismo, na reforma
e contra reforma religiosa;
Todos estes movimentos, de certa forma
estava relacionados e influenciaram ou foram influenciados pelo surgimento de
um novo modelo político socioeconômico, que na época ficou conhecido por
capitalismo.
POR QUÊ?
A sociedade feudal vinha passando por um
conjunto de reformas lentas mais pontuais. Uma delas era a expansão do comércio
com a implantação do modo de produção da manufatura, que vinha acelerando o
processo de produção e acabou provocando uma serie de mudanças significativas
nas relações sociais que caracterizavam o mundo feudal.
EXEMPLIFICANDO:
Em busca de trabalho, e eram contratados pelos burgueses para trabalhar em oficinas em troca de um salário, passando assim, a ser proletários e não mais servos.
Em busca de trabalho, e eram contratados pelos burgueses para trabalhar em oficinas em troca de um salário, passando assim, a ser proletários e não mais servos.
Assim a partir da expansão do comércio e
com o incremento do modo de produção da manufatura a sociedade européia
desenvolveu uma nova relação de trabalho, diferente da relação servil de até
então: que foi a relação assalariada.
Contextualizando:
Dos séculos XI ao Século XV, houve um
desenvolvimento do comércio e das cidades, bem como o acentuado crescimento
demográfico, que estimulou a busca de novos produtos capazes de incrementar a
atividade comercial (ouro, prata, açúcar, tabaco, algodão,certos tipos de
madeira,frutos diversos, etc.) e isso ataria mais camponeses para as cidades.
Além da busca de novas áreas a serem
incorporadas ao raio de ação dos comerciantes europeus. O que acabou levando a
organização das grandes navegações. É essa a origem da expansão
marítimo-comercial da Europa e da colonização do continente americano, que
estão ligados intimamente ao contexto histórico do surgimento do capitalismo.
RELEMBRANDO:
Servos – camponeses,
que trabalhavam em troca de proteção e do uso em proveito próprio de uma porção
de terras do feudo.
Senhores feudais – a classe
dominante, proprietários dos feudos;
Essas duas classes estabeleceram durante
10 séculos uma relação servil, isto é, uma relação de trabalho que existia na
sociedade feudal – lembrar das várias obrigações que os servos tinham para com
o senhor dono das terras (feudo).
Concluindo:
Nessa nova sociedade foi-se desenhando
novas relações de poder, protagonizadas por novos atores.
Quais atores:
- o aparecimento da relação assalariada;
- a concentração de uma grande massa de
desempregados nas cidades (causada pelo excesso de fuga de servos e pelo
elevado crescimento demográfico), que seriam utilizados, como operários pela
indústria nascente a partir de meados do século XVII;
- e de um seleto grupo de comerciantes
que tiveram um grande enriquecimento com o desenvolvimento do comércio e das
cidades além da intensificação do comércio ultramarino . Eles puderam investir
na produção de novas máquinas que iam sendo inventadas ou aperfeiçoadas,
ocasionando a transformação da manufatura mais a frente em indústria.
Surgir duas novas
principais classe:
Burguesia –composta de
capitalista, dono do meio de produção, ou empresas (fabricas, bancos, empresas
de transportes, fazendas, etc.);
Proletariados – constituídos
por aqueles que não possuem mios de produção e têm de trabalhar para os que os
possuem, em troca de um salário.
OBS:. Que implantaram uma nova relação
de poder na gestão do gerenciamento do espaço geográfico:
Quais relações de poder:
Contextualizando:
- A chegada dos portugueses à América
faz parte do contexto histórico que se inicia com a expansão comercial de
alguns países europeus.
O desenvolvimento do comércio colonial
significou o comercio em larga escala, realizado entre metrópole (EUROPA) e as
colônias da América, Ásia e a África, interligados por um rígido PACTO
COLÔNIAL, que sempre beneficio a metrópole.
Essa nova relação comercial, agora
ultramarina e intercontinental, passou a estabelecer a 1ª Divisão Internacional
do Trabalho. Assim caracterizada:
- a Europa fornecia produtos acabados
aos demais continentes (manufaturados);
- a América e a Ásia forneciam
matéria-prima, produtos e outros metais preciosos à Europa;
- a África, além de fornecer algumas
matérias-primas, também era fonte de mão-de-obra escrava para outras colônias.
IMPORTANTE:
As relações comerciais definem a
acumulação de capital por parte da burguesia e das nações. O exclusivismo
comercial entre metrópole e colônia permite, através da exploração dessa, a
acumulação de metais preciosos e riquezas na primeira. A classe de comerciantes
que constitui a burguesia nascente também realiza sua acumulação de capital
através da intermediação entre a produção dos artesãos e manufaturas e o
mercado consumidor em expansão.
OBSERVAÇÃO:
- Do séculos XII e XIII ao XVIII, o
capitalismo conheceu a fase comercial ou mercantil, ao longo da qual o pólo
principal de acumulação de capital não foi o produtivo, mas o circulador de
mercadorias. Neste período, ocorre a acumulação primitiva de capital que,
calcada em formas de produção ainda pré-capitalistas, antecedeu e propiciou a
plena implantação do capitalismo como modo de produção. Nesta etapa, a
burguesia, além de destruir e criar sucessivos regimes de produção, também navegou
pelos oceanos em busca de metais preciosos e de gêneros comercializáveis na
Europa, quando da expansão ultramarina moderna. Para apoiar os esforços dos
comerciantes, os estados absolutistas europeus adotaram uma política econômica
mercantilista, cujos elementos definidores são:
- PROTECIONISMO — os governos barravam a
entrada de gêneros estrangeiros, por meio de alta tributação ou proibição
explicita, isentando, simultaneamente, de impostos os produtos nacionais
enviados aos mercados externos, que assim passavam a ter preços competitivos. O
slogan do mercantilismo era “vender sempre, comprar nunca ou quase nunca”;
- BALANÇA DE COMÉRCIO FAVORÁVEL—o interesse dos estados nacionais e de suas burguesias era obter um superávit financeiro nas suas trocas com os demais países, o que implicava a aceleração da acumulação de capital. Dessa maneira, as burguesias ficavam mais ricas e os governos mais poderosos;
- METALISMO—os metais preciosos tornaram-se padrões de medida da acumulação de capital e a quantidade de metais amoedáveis tornou-se o símbolo da riqueza nacional.
No século XVIII, fruto das transformações econômicas e sociais ocasionadas pelo capital mercantil, o capitalismo, particularmente o britânico, entrou na fase industrial, marcada pela produção levada a efeito por máquinas. O extraordinário crescimento econômico do período, calcado no sacrifício da classe operária, obrigada a longas horas de trabalho e a verter o sangue e o suor de suas mulheres e crianças, alterou o mundo. Os mercados, agora, são globais e isto leva à independência política dos países americanos. A economia, as idéias liberais e as instituições políticas européias começavam a se mundializar.
- BALANÇA DE COMÉRCIO FAVORÁVEL—o interesse dos estados nacionais e de suas burguesias era obter um superávit financeiro nas suas trocas com os demais países, o que implicava a aceleração da acumulação de capital. Dessa maneira, as burguesias ficavam mais ricas e os governos mais poderosos;
- METALISMO—os metais preciosos tornaram-se padrões de medida da acumulação de capital e a quantidade de metais amoedáveis tornou-se o símbolo da riqueza nacional.
No século XVIII, fruto das transformações econômicas e sociais ocasionadas pelo capital mercantil, o capitalismo, particularmente o britânico, entrou na fase industrial, marcada pela produção levada a efeito por máquinas. O extraordinário crescimento econômico do período, calcado no sacrifício da classe operária, obrigada a longas horas de trabalho e a verter o sangue e o suor de suas mulheres e crianças, alterou o mundo. Os mercados, agora, são globais e isto leva à independência política dos países americanos. A economia, as idéias liberais e as instituições políticas européias começavam a se mundializar.
Na prática esse sistema fez:
Que a existência e manutenção das
classes burguesia (capitalista) fosse sustentada a partir da existência da
classe proletária, ou seja, uma é parte da outra. Onde na sua essência, essa
nova organização social, reside na desigualdade socioeconômica entre as
pessoas.
REFLEXÃO
Nessa perspectiva o espaço é movido
pelas contradições presentes e por um processo dialético.
Por exemplo: a existência e
manutenção dos países ricos é sustentada a partir da existência dos países
pobres, um é parte do outro, em um processo que se forma através do tempo em um
materialismo histórico que se constitui pelos processos sociais que se
relacionam pela produção e reprodução da base material da vida até os dias de
hoje.
E o que seria a base material da vida? Alimentos,
moradia, laser, etc..
Nessa análise do espaço geográfico os
geógrafos se empenharam na tarefa de elaborar de um método
para analisar as contradições sociais no espaço
levando ao entendimento deste mecanismo (desigualdade socioeconômica entre as
pessoas) o materialismo histórico juntamente com o método dialético.
Na teoria da dialética espacial as relações espaciais são vistas como refletindo as relações
sociais; se, nas relações sociais,algumas pessoas trabalhar para
sustentar as outras, então no espaço as pessoas da periferia trabalham
para sustentar as pessoas dos centros metropolitanos, inevitavelmente estabelecendo contradições e conflitos
espaciais. Assim na descrição obvia do espaço em centro (pais rico)
e periferia (país pobre) é rapidamente ultrapassada a fim de se atingi-se a
análise mais complexa das relações espaciais. Isto é a existência e manutenção
dos países ricos é sustentada a partir da existência dos países pobres, um é
parte do outro. A questão agora é não só saber que o espaço produzido é
desigual, mas compreender que a sua essência produz essa desigualdade.
SISTEMA CAPITALISMO: ORIGEM E FORMAÇÃO = O capitalismo comercial
Reviewed by Gilvan Fontanailles
on
novembro 23, 2012
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